A riqueza da Caatinga ganhou novas cores com o lançamento da cartilha “Cores do Sertão – Tinturaria natural com as plantas da caatinga”, de Larissa Santana, pesquisadora e modelo natural de Alagoas. Este trabalho é resultado de uma imersão que combina arte, afeto e pesquisa sobre os pigmentos extraídos de espécies nativas do Médio Sertão alagoano.
A publicação, disponível para leitura e download gratuito, traz uma série de registros e experimentações com plantas tintórias, que possuem a capacidade de tingir tecidos. O resultado é uma paleta vibrante que não só celebra a biodiversidade local, mas também apóia o movimento slow fashion, propondo uma moda mais sustentável e consciente.
Larissa, que cresceu em São José da Tapera e se mudou para Maceió, compartilha sua conexão com a vegetação do Sertão, que sempre lhe trouxe um sentimento de pertencimento. Sua jornada no mundo da tinturaria botânica começou em 2018, quando experimentou a pigmentação de cascas de cajueiro, fruto da roça de familiares. O tom rosado que surgiu a inspirou a explorar mais profundamente as cores do Sertão, estimulando uma relação estética e respeitosa com a Caatinga.
A cartilha tem um caráter de catalogação que reflete o valor afetivo da pesquisa, servindo como referência para Larissa em seus projetos artísticos. O trabalho foi viabilizado por meio da Política Nacional Aldir Blanc, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas e da Prefeitura de Maceió.
Mellina Freitas, secretária de Cultura e Economia Criativa, destacou a relevância de apoiar iniciativas que valorizem a cultura e a ciência. “Projetos como o Cores do Sertão são fundamentais para fortalecer o saber popular, promover sustentabilidade e ampliar a identidade visual da nossa terra”, afirmou.
Além de sua riqueza estética, a cartilha também inclui uma variedade de recursos, como vídeos e fotografias, que potencializam a experiência de aprendizado sobre tinturaria natural. Dessa forma, Larissa Santana não apenas apresenta uma proposta inovadora de moda sustentável, mas também resgata e celebra a identidade cultural do Sertão alagoano.
Com informações e imagens do Governo de Alagoas.