O renascimento da cerâmica como herança viva do povo Karapotó

No interior do município de São Sebastião, Alagoas, às margens da BR-101, encontra-se a Aldeia Karapotó Plaki-ô, onde uma antiga tradição está sendo revitalizada: a cerâmica. Moldada pelas habilidosas mãos das mulheres, das crianças e permeada pela história do povo, a cerâmica ressurge como um símbolo de resistência, pertencimento e esperança.

O Governo de Alagoas, em parceria com a comunidade indígena, celebra o renascimento dessa tradição milenar através do projeto “A Identidade do Povo Karapotó Plaki-ô”, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult). Esta iniciativa busca resgatar o saber ceramista como uma herança viva do povo Karapotó, reforçando o compromisso do Estado com a valorização da diversidade cultural que é essencial para as raízes alagoanas.

O projeto se materializou na construção de um forno tradicional de cerâmica dentro do território indígena, representando a conexão entre passado e presente. Mais do que uma infraestrutura, o forno tornou-se um espaço de memória afetiva e criação coletiva, onde as técnicas ancestrais são transmitidas, reinterpretadas e celebradas por todas as gerações.

A cerâmica sempre foi uma linguagem sagrada para os Karapotó Plaki-ô, carregada de símbolos que representam o ciclo da vida, os rios, os espíritos protetores e os caminhos ancestrais. Cada peça produzida é um testemunho da memória coletiva da comunidade. No entanto, esse saber esteve ameaçado de desaparecer por um período, devido à falta de incentivo, ausência de transmissão geracional e à influência de outras culturas sobre o território.

A construção do forno na aldeia representou um marco importante para o resgate desse conhecimento, resultado de rodas de conversa, escutas e trabalho coletivo. Cada tijolo assentado foi testemunha de uma reconstrução afetiva e cultural. Para os Karapotó Plaki-ô, a valorização e preservação de sua identidade…

(Aqui, o texto continua a recontar a história da comunidade Karapotó Plaki-ô, destacando a importância da cerâmica em sua cultura, o resgate da tradição, a participação da comunidade no projeto, os impactos positivos da iniciativa, a realização de oficinas e exposições, a geração de renda para as famílias, entre outros detalhes relevantes.)

Com informações e fotos da Secult/AL