No mês da visibilidade lésbica, Maceió se prepara para um evento que promete ser um marco na celebração da cultura e da memória das mulheres lésbicas e bissexuais. O Carambola Lab, localizado no bairro Jaraguá, será o palco do projeto “Fala, Bolacheira!”, programado para o dia 2 de agosto, a partir das 18h30.
Voltado para mulheres lésbicas e bissexuais, incluindo cis, trans e travestis, o encontro busca valorizar as experiências dessas mulheres, trazendo à tona questões de arte, conhecimento e militância. A escolha do nome do projeto não é casual; “Bolacheira”, antes um termo pejorativo, é ressignificado como um símbolo de resistência e afirmação.
Com a curadoria de Cíntia Ribeiro, jornalista, e Carmen Lúcia Dantas, museóloga, o evento contará com uma variada programação. A exposição fotográfica de Fernanda Piccolo abrirá as atividades, apresentando imagens que retratam o cotidiano das mulheres lésbicas em diferentes contextos sociais e culturais de Alagoas.
A música também terá seu espaço, com pocket shows das cantoras Fernanda Guimarães e Mary Alves. Ambas prometem performances que destacam a força da arte como forma de expressão política e pessoal. Além disso, intervenções urbanas inspiradas no projeto Documentadas levarão lambe-lambes com imagens de casais lésbicos às ruas do Jaraguá, um ato que visa promover a visibilidade e o orgulho dessa comunidade.
As rodas de conversa serão potências do evento, permitindo que as participantes compartilhem vivências e desafios. Esses momentos visam criar um espaço de escuta mútua e troca de experiências, reconhecendo a diversidade das identidades lésbicas e contribuindo para a construção de memórias coletivas.
A realização do Fala, Bolacheira! conta com recursos da Política Nacional Aldir Blanc e apoio de diversas iniciativas locais. A secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas, reforçou a importância do projeto: “Valorizar as vozes lésbicas é afirmar o direito à existência plena, à cultura e à memória dessas mulheres.” O evento, portanto, se apresenta como um ato político e poético, transformando estigmas em potência criativa e coletiva.
Com informações e imagens do Governo de Alagoas.