O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), através de seu Centro Nacional de Arqueologia (CNA), anunciou recentemente o lançamento do edital intitulado “Arqueologia Viva”, com o objetivo de promover a interação entre a arqueologia e as comunidades locais. Com um investimento significativo de R$ 2,5 milhões, essa iniciativa faz parte do Programa Nacional de Socialização do Patrimônio Arqueológico e busca selecionar até 15 propostas que visam a gestão, valorização e disseminação do rico patrimônio arqueológico brasileiro.
Durante a cerimônia de lançamento, o presidente do Iphan, Leandro Grass, enfatizou o papel da arqueologia como um agente de transformação social. Ele ressaltou que as comunidades têm mostrado um crescente interesse e apropriação dos seus patrimônios arqueológicos, o que acaba gerando mudanças profundas em suas economias, modos de vida e na educação de crianças e adolescentes. Essa experiência é descrita como uma verdadeira revolução, que pode levar a novas perspectivas de interação com a história local.
O edital “Arqueologia Viva” está focado em ações que promovem a educação patrimonial, o turismo sustentável voltado para a arqueologia, a economia criativa e a inclusão social. As inscrições estão abertas até o dia 2 de julho, e os interessados podem se cadastrar por meio do site oficial do Iphan. O resultado final será divulgado em 22 de setembro de 2025.
A diretora do CNA, Jeanne Crespo, enfatizou a importância de visualizar a arqueologia como uma ciência contemporânea, que deve ter uma linguagem acessível a todos. Isso visa promover uma verdadeira apropriação popular e social do patrimônio arqueológico. Mellina Freitas, secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas, também destacou que participar deste edital representa uma oportunidade significativa para que as instituições e comunidades se envolvam ativamente na valorização do patrimônio cultural.
As propostas são abertas a organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos, que possuam experiência em ações relacionadas ao patrimônio cultural, especialmente o arqueológico. Para ter a candidatura avaliada, é necessário que a documentação esteja regular em todos os aspectos jurídicos, fiscais e técnicos. Entre os critérios de seleção estão a qualidade técnica do projeto, o protagonismo das comunidades, o impacto cultural e social esperado, assim como a inovação e acessibilidade a todos os envolvidos. A iniciativa tem potencial para transformar a percepção sobre a arqueologia e estreitar laços entre passado e presente, evidenciando o papel vital das comunidades na preservação do patrimônio cultural brasileiro.
Com informações e fotos da Secult/AL