A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas teve início na sexta-feira, 31 de outubro, com uma cerimônia marcada por emoção no estande da Eduneal. A Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) prestou homenagem ao professor e historiador Douglas Apratto Tenório, renomado por suas significativas contribuições à cultura e ao pensamento intelectual do estado.

Aos 80 anos, Douglas possui uma carreira impressionante, com mais de cinco décadas dedicadas à produção acadêmica e literária. Autor de 36 obras, consolidou-se como uma referência para quem busca entender a formação social, política e cultural de Alagoas. Entre suas publicações de destaque estão “A Tragédia do Populismo”, “Metamorfose das Oligarquias” e “A História do País dos Alagoanos”. Algumas de suas obras foram reeditadas e estiveram disponíveis para autógrafos durante a abertura da Bienal. Em 2015, ele recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Uneal, em reconhecimento à sua trajetória.

Sobre a homenagem, Douglas comentou: “Estar aqui vai além do reconhecimento, é um reencontro com a própria história. O estande da Eduneal reflete o espírito da Bienal e enfatiza que a literatura continua sendo um espaço de resistência e amor à cultura”.

O reitor da Uneal, Odilon Máximo, destacou a importância da homenagem, chamando Douglas de um “mestre que ultrapassa o tempo”. Ele ressaltou que a obra de Douglas não apenas educa, mas também provoca e inspira.

Entre os presentes, estava Cláudia Medeiros, pedagoga e esposa de Douglas, que lançou o livro “Intencionalidade Pedagógica: os fios tecidos no processo formativo”. Ela comentou: “Esse livro é fruto de uma prática cotidiana e busca transformar a sala de aula em um espaço vivo, onde o conhecimento faz sentido. Lançá-lo nesta Bienal, ao lado de Douglas, tem um valor especial, pois ele é a tradução da cultura em movimento”.

O desembargador Orlando Rocha, amigo de longa data, compartilhou sua alegria pela homenagem, refletindo sobre a dedicação de Douglas à educação e às novas gerações.

Renildo Ribeiro-de-Siqueira, diretor da Eduneal, transmitiu a sensação de fechamento de um ciclo, indicando que a Bienal será marcada pelo lançamento de 76 livros, dos quais 59 são impressos e 17 digitais, trazendo conteúdos relevantes da produção intelectual alagoana.

Com um tema que reforça a conexão entre Brasil e África, o estande da Eduneal foi um destaque da Bienal. A homenagem a Douglas Apratto não apenas celebrou sua trajetória, mas também enfatizou que a cultura é um processo em constante reinvenção.

Com informações e imagens do Governo de Alagoas.