O renomado cineasta alagoano Cacá Diegues faleceu aos 84 anos na madrugada de sexta-feira, vítima de complicações pós-cirúrgicas. Nascido em Maceió em 19 de maio de 1940, Carlos José Fontes Diegues mudou-se para o Rio de Janeiro ainda na infância, onde se tornou um dos cineastas mais influentes do Brasil e um dos fundadores do movimento Cinema Novo ao lado de Glauber Rocha, Leon Hirszman, e outros. A carreira de Diegues contou com a direção de mais de 20 filmes, incluindo obras aclamadas como “Xica da Silva”, “Bye Bye Brasil”, “Tieta do Agreste” e “Deus é Brasileiro”. Sua filmografia sempre foi marcada por uma reflexão profunda sobre a cultura, contradições e riquezas do Brasil, recebendo reconhecimento nacional e internacional.
Seu último filme, “Deus Ainda é Brasileiro”, foi totalmente gravado em Alagoas com o apoio do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa, e tem previsão de estreia para outubro de 2025. A secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas, Mellina Freitas, expressou pesar pela perda do cineasta, destacando a importância de Diegues para o cinema brasileiro e alagoano. “Cacá Diegues foi um verdadeiro gênio, um mestre que soube retratar com sensibilidade e paixão as histórias do Brasil e de Alagoas. Seu talento encheu-nos de orgulho e levou nossa cultura para o mundo. Embora tenhamos perdido um grande artista, seu legado continuará vivo em cada cena, em cada filme, em cada história que nos deixou”, afirmou Freitas.
A morte de Cacá Diegues representa uma perda pungente para a cultura e o cinema do Brasil, deixando um vazio na indústria cinematográfica nacional. Seu legado artístico e seu compromisso em contar as complexas narrativas brasileiras continuarão a inspirar gerações futuras de cineastas e apreciadores de cinema. A obra de Cacá Diegues permanecerá como um testemunho da sua genialidade e do seu profundo amor pelo Brasil.
Com informações e fotos da Secult/AL