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Um ano após crime, comunidade honra legado de Mãe Bernadete com festival de arte quilombola

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Um ano após o crime que causou a morte de Maria Bernadete Pacífico, líder do Quilombo Pitanga de Palmares, na cidade de Simões Filho, Bahia, a comunidade permanece unida para honrar seu legado. Conhecida carinhosamente como “Mãe Bernadete”, a idosa de 72 anos era conhecida por seu empenho em melhorar as condições de vida das pessoas e do local onde viviam.

O trágico episódio do assassinato ainda ecoa na memória de seus familiares, como seu neto Wellington Santos, que presenciou o atentado em que dois homens dispararam 25 tiros contra a idosa. O legado de Bernadete continua sendo lembrado e defendido pela comunidade, que reconhece a importância de sua luta por melhores condições de vida e direitos para o quilombo.

Wellington, que já havia perdido o pai, também líder quilombola, para a violência em 2017, decidiu dedicar-se às causas comunitárias e políticas públicas em memória de sua avó. Assim como ele, outros membros da comunidade buscam manter viva a herança deixada por “Mãe Bernadete”, que inclui projetos de melhorias locais e criação de oportunidades de renda para os moradores.

O 7º Festival de Cultura e Arte Quilombola, realizado em homenagem a Bernadete, destaca a resistência e a força da comunidade em meio a momentos de dor e ameaças. Através de oficinas, debates e apresentações culturais, a comunidade busca preservar a memória da líder quilombola e valorizar os conhecimentos e talentos locais.

Além disso, a luta pela titulação das terras quilombolas se torna uma pauta urgente, não apenas em Simões Filho, mas em todo o país. A família de Bernadete acredita que o crime que resultou em sua morte está relacionado a interesses ligados à posse da terra, o que ressalta a importância de garantir a segurança e os direitos das comunidades quilombolas.

Mesmo diante das ameaças e da violência, a comunidade permanece firme em sua luta por justiça e reconhecimento. A memória de “Mãe Bernadete” continua viva entre aqueles que a conheciam e foram inspirados por sua dedicação e coragem. A esperança de dias melhores e de um futuro mais seguro para todos é o legado que ela deixou e que a comunidade se esforça para manter vivo.

Com informações da EBC
Fotos: © Alberto Lima/Divulgação / EBC

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