A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) decidiu revogar os títulos de Mestre e Doutor honoris causa concedidos aos ex-presidentes do Brasil, Emílio Garrastazu Médici e Humberto de Alencar Castelo Branco. A decisão foi tomada pelo Conselho Universitário da UFES, em uma reunião realizada na última semana.

A revogação dos títulos de Médici e Castelo Branco foi motivada por questões éticas e políticas, levando em consideração os posicionamentos e ações de ambos durante seus mandatos como presidentes do país. Vale ressaltar que ambos os ex-presidentes tiveram seus mandatos marcados por acontecimentos controversos, como a implementação do chamado “milagre econômico” no governo Médici e o endurecimento do regime militar durante o governo Castelo Branco.

A decisão da UFES de cassar os títulos honoris causa concedidos a Médici e Castelo Branco não foi unânime e gerou debates entre os membros do Conselho Universitário. Alguns membros apontaram que a história deve ser preservada em sua integralidade, enquanto outros defenderam que a concessão de títulos honoris causa deve levar em consideração não apenas os méritos acadêmicos, mas também a trajetória ética e política dos homenageados.

A revogação dos títulos de Mestre e Doutor honoris causa concedidos aos ex-presidentes Médici e Castelo Branco gerou repercussão na sociedade capixaba e nacional. Alguns setores da sociedade apoiaram a decisão da UFES, enquanto outros criticaram, alegando que a universidade estaria interferindo numa questão política passada.

Em meio a essas discussões, a UFES reafirmou seu compromisso com a democracia, a liberdade de expressão e a valorização da história do Brasil, buscando sempre promover o debate e o questionamento crítico na comunidade acadêmica e na sociedade em geral. A decisão de cassar os títulos de Médici e Castelo Branco reflete o posicionamento da universidade em relação aos valores que devem nortear sua atuação diante de homenagens controversas.

Com informações da EBC
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