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Uerj revoga título honoris causa do ex-presidente Médici em decisão histórica e polêmica.

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A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) decidiu recentemente revogar o título de doutor honoris causa concedido ao ex-presidente Emílio Garrastazu Médici, que governou o Brasil durante o período da ditadura militar, entre 1969 e 1974. Essa decisão segue uma série de debates acalorados em torno da memória e da história da política brasileira, especialmente em relação ao período militar, que ainda suscita opiniões divergentes na sociedade.

O título honorário, que foi atribuído ao ex-presidente há alguns anos, era um reconhecimento acadêmico que visava enaltecer figuras que se destacaram em suas contribuições à sociedade. No entanto, a Uerj reconsiderou essa homenagem em face de novas avaliações sobre o legado de Médici, que é frequentemente associado à repressão política, à censura e a uma série de violações de direitos humanos. Os diretores da universidade argumentaram que, ao manter o título, estariam contradizendo os princípios democráticos e os valores que a instituição busca promover.

O movimento para revogar o título ganhou força a partir de manifestações de estudantes, professores e membros da sociedade civil organizada, que exigiram um posicionamento da Uerj frente ao reconhecimento de figuras históricas controversas. A proposta de retirada do título foi discutida em diversas reuniões e contou com o apoio de diferentes segmentos da comunidade acadêmica, que refletiram sobre a responsabilidade das instituições de ensino em relação à preservação da memória histórica.

Essa decisão não é apenas simbólica; ela representa um esforço para confrontar a história com maior honestidade e refletir sobre os impactos dos regimes autoritários na vida civil brasileira. A Uerj, ao tomar essa medida, pretende contribuir para um debate mais amplo sobre democracia, direitos humanos e a importância de não esquecer os erros do passado, para que não se repitam no futuro.

A revogação do título de Médici também levanta questões sobre como o Brasil deve lidar com sua história recente e o papel das universidades na formação do pensamento crítico. Trata-se de um passo significativo em direção à reparação histórica e à valorização dos princípios democráticos que devem guiar a educação no país.

Com informações da EBC
Fotos: / EBC

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