O recente anúncio do governo de São Paulo de triplicar o imposto estadual (ICMS) para bares, restaurantes e padarias a partir de 1º de janeiro tem causado grande comoção e preocupação entre os empreendedores e trabalhadores do setor de alimentação fora do lar. A decisão, considerada desastrosa por muitos, foi recebida com surpresa diante do compromisso anterior do governador Tarcísio de promover a desoneração dos impostos.

Essa medida drástica coloca em risco a sobrevivência de 560 mil famílias que dependem desse setor para sustentar seus lares. Atualmente, a realidade dos estabelecimentos em São Paulo é preocupante, com 59% operando sem lucro e muitos acumulando dívidas exorbitantes com impostos e serviços básicos. O aumento repentino do ICMS representa uma ameaça real e iminente para boa parte dessas empresas, podendo levá-las à falência.

Além do impacto direto nos empresários, a decisão também terá repercussões significativas nos consumidores paulistas, que inevitavelmente terão que arcar com preços mais altos nos estabelecimentos. A pressão da inflação dos alimentos aliada ao aumento de impostos torna insustentável a manutenção dos preços atuais nos cardápios, o que resultará em um custo maior para os clientes.

É importante ressaltar que os efeitos desse aumento de impostos não serão igualitários e recairão de forma mais severa sobre os mais vulneráveis. A busca pelo superávit fiscal não pode ignorar o impacto social e econômico negativo que essa decisão trará para a população de São Paulo. Portanto, urge a necessidade de revisão dessa medida para evitar um erro histórico que prejudicará não apenas os donos de estabelecimentos, mas milhões de pessoas que dependem desse setor para sobreviver.

Com informações e fotos da Abrasel/BR