O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (25) pela liberação da licitação do governo de São Paulo para a gestão privada de escolas públicas. A prática, que já era adotada em outros estados, gerou polêmica e questionamentos sobre a constitucionalidade da medida. No entanto, por maioria de votos, os ministros entenderam que a terceirização da gestão das escolas não fere a Constituição.
A proposta, apresentada pelo governador de São Paulo, João Doria, tinha o objetivo de selecionar organizações sociais para assumirem a administração de até 22 escolas públicas do estado. Segundo o governo, a medida tinha como finalidade melhorar a qualidade da educação oferecida aos alunos e diminuir a burocracia na gestão escolar.
A decisão do STF foi comemorada pelo governo paulista, que enfatizou a importância da parceria com as organizações sociais para a melhoria do ensino público no estado. Segundo o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, a gestão privada das escolas possibilitará maior autonomia na definição de políticas educacionais e mais agilidade na implementação de projetos pedagógicos inovadores.
No entanto, a decisão não foi bem recebida por alguns setores da sociedade civil, que apontam riscos de precarização do ensino público e enfraquecimento do papel do Estado na garantia do direito à educação. Outros questionamentos levantados referem-se à falta de transparência no processo de contratação das organizações sociais e à possibilidade de desvio de recursos públicos destinados à educação.
É importante ressaltar que a terceirização da gestão das escolas públicas não é uma prática inédita no Brasil e tem sido amplamente adotada por diversos estados e municípios como forma de melhorar a qualidade do ensino. No entanto, a discussão sobre os impactos dessa medida e a necessidade de fiscalização e transparência na atuação das organizações sociais permanecem presentes no debate sobre a educação no país.
Com informações da EBC
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