O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou a conclusão do julgamento que discute a prática da revista íntima em presídios. Durante a sessão, os ministros debateram sobre a violação dos direitos humanos nesse procedimento, que consiste na revista vexatória de visitantes de detentos.
A prática da revista íntima tem sido alvo de críticas por parte de organizações de direitos humanos, que apontam a humilhação e constrangimento sofridos pelas pessoas submetidas a esse tipo de procedimento. Além disso, também há relatos de abusos e violência durante as revistas, o que levanta questões sobre a legalidade e a constitucionalidade desse ato.
Durante o julgamento, os ministros do STF discutiram sobre a necessidade de se encontrar um equilíbrio entre a segurança nos presídios e a proteção da dignidade e dos direitos daqueles que visitam os detentos. A questão central é garantir a segurança sem a necessidade de recorrer a práticas que possam configurar violação de direitos fundamentais.
Alguns ministros defenderam a proibição da revista íntima, argumentando que existem métodos alternativos para garantir a segurança, como o uso de equipamentos eletrônicos. Outros destacaram a importância de se respeitar a dignidade e a integridade das pessoas, mesmo no ambiente prisional, e questionaram a eficácia e a proporcionalidade da revista íntima.
Diante da complexidade do tema e da importância de se garantir o respeito aos direitos humanos, o STF decidiu adiar a conclusão do julgamento para analisar com mais profundidade as questões levantadas durante a sessão. A expectativa é de que uma decisão final seja tomada após uma discussão mais aprofundada sobre o assunto.
Com informações da EBC
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