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Setor de Alimentação Lidera Geração de Empregos Formais no Brasil com Trabalho Intermitente

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O setor de alimentação fora do lar tem se consolidado como um dos pilares da economia brasileira, demonstrando uma significativa capacidade de geração de empregos formais. Nos últimos 17 anos, a quantidade de vínculos empregatícios com carteira assinada nesse segmento cresceu de forma notável, alcançando um aumento de 98%, de acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Esse crescimento é substancialmente superior à média nacional de 56% no mesmo período, evidenciando a força do setor em um cenário econômico desafiante.

Entre 2006 e 2023, a taxa média de crescimento de empregos formais no Brasil foi de 2,6% ao ano, enquanto os bares e restaurantes registraram um avanço de 4,1%. Essa trajetória ascendente foi temporariamente interrompida pelos efeitos devastadores da pandemia, que resultaram na perda de cerca de 272 mil postos de trabalho em 2020. Apesar deste revés, o setor conseguiu se recuperar rapidamente e, em 2023, atingiu a marca recorde de 1,67 milhão de empregos formais.

Entretanto, a informalidade ainda é um desafio significativo, com aproximadamente 41% dos trabalhadores do setor operando de forma não registrada. Essa realidade é preocupante, não apenas para os funcionários que ficam sem acesso a direitos básicos, mas também para as empresas que poderiam expandir suas contratações. O presidente executivo da Abrasel, Paulo Solmucci, destaca que a informalidade é um obstáculo estrutural que pode ser superado através de políticas como a desoneração da folha de pagamento.

Neste contexto, o trabalho intermitente surge como uma alternativa estratégica que oferece mais flexibilidade tanto para empregadores quanto para empregados. Introduzido na legislação trabalhista em 2017, esse modelo permite a contratação de trabalhadores de forma esporádica, ajustando a carga horária de acordo com a demanda. Nos últimos seis anos, o número de contratos intermitentes aumentou quase 60 vezes, passando de 7,3 mil para 416 mil, incluindo um crescimento expressivo na área de alimentação fora do lar, onde os contratos saltaram de 315 para 15,8 mil.

Apesar das vantagens evidentes desse tipo de contratação, o uso ainda está aquém do potencial que poderia ser alcançado. Nos Estados Unidos, por exemplo, uma porcentagem significativa da força de trabalho no setor de alimentação opera sob condições semelhantes. Os benefícios do trabalho intermitente incluem maior eficiência, produtividade e uma melhor adequação às expectativas dos funcionários.

Por último, empresários que já implementaram o modelo intermitente relatam experiências positivas, com melhorias na organização e na previsibilidade das operações. A Tavola Costelaria, comandada por Franklin Vitor de Souza Abreu, é um exemplo disso. Seu testemunho ilustra a transformação que esse método pode trazer, apontando uma queda significativa em faltas e atrasos desde que adotou o regime de contratação intermitente. Com uma cartilha elaborada pela Abrasel, o objetivo é orientar empreendedores sobre as nuances dessa nova modalidade de trabalho, promovendo um entendimento mais claro e expandindo suas possibilidades no mercado.

Com informações e fotos da Abrasel/BR

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