Na última quarta-feira (29), o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA) lançaram uma campanha de prevenção ao uso de cigarros eletrônicos, visando alertar sobre os perigos desses dispositivos, especialmente entre crianças e adolescentes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os cigarros eletrônicos representam uma ameaça à saúde, contribuindo para a iniciação precoce no tabagismo.
A iniciativa, que coincide com o Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio, destaca que o uso de cigarros eletrônicos por jovens aumenta significativamente o risco de se tornarem fumantes no futuro. A campanha utiliza uma linguagem jovem e objetiva promover uma mudança de comportamento, conscientizando sobre as táticas da indústria do tabaco para atrair esse público vulnerável.
Dados da última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) revelam que, em 2019, cerca de 16,8% dos estudantes brasileiros entre 13 e 17 anos já haviam experimentado cigarros eletrônicos, com uma prevalência maior entre os jovens do sexo masculino. A regionalidade também foi um fator relevante, com taxas mais altas de experimentação nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste.
Além disso, o consumo de tabaco em qualquer forma é associado a diversos problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, respiratórias e câncer. Estudos apontam que os dispositivos eletrônicos para fumar podem aumentar o risco de doenças cardíacas e distúrbios pulmonares, além de representarem perigos para gestantes e crianças expostas aos seus aerossóis.
A Anvisa proibiu a comercialização, fabricação e publicidade de cigarros eletrônicos no Brasil desde 2009, enfatizando os riscos à saúde e a falta de regulamentação desses produtos. Em abril deste ano, a agência revisou sua legislação, proibindo ainda mais abrangência de atividades relacionadas aos dispositivos eletrônicos para fumar, reforçando a importância da proteção da saúde pública.
Com informações da EBC
Fotos: © Joédson Alves/Agência Brasil / EBC