O estado de São Paulo liberou parcialmente o consumo de ostras e mexilhões provenientes de fazendas marinhas nas áreas monitoradas em São Sebastião, Ilhabela e Cananéia. Essa decisão da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (SAA), por meio da sua Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), veio após a análise dos resultados de materiais coletados nos dias 13 e 14 de agosto.
No entanto, a suspensão do consumo e comércio desses moluscos continua em algumas regiões. Nas áreas de Toque Toque, em São Sebastião; Ubatuba; Cocanha, em Caraguatatuba; e Mandira, em Cananéia, a retirada dos moluscos ainda não é permitida, uma vez que não houve coleta de materiais para análise nessas regiões.
A proibição do consumo e venda desses moluscos em São Paulo foi motivada pela detecção de biotoxinas acima dos níveis permitidos em amostras de água coletadas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e pela CDA. As biotoxinas são produzidas por microalgas marinhas e representam um risco à saúde humana.
Em 2021, o governo estadual implementou um Plano de Contingência para Gestão Integrada de Riscos Associados a Florações de Microalgas Tóxicas em Águas do Litoral Paulista. Esse plano foi acionado para interditar cautelarmente o comércio de moluscos bivalves como mariscos e ostras em todo o estado de São Paulo, após a descoberta das microalgas tóxicas.
A médica-veterinária e gerente do Plano Estadual de Monitoramento dos Moluscos Bivalves (PEMMOBI), Ieda Blanco, ressaltou a importância da colaboração dos produtores para garantir a segurança dos consumidores, assegurando que apenas moluscos não contaminados cheguem ao mercado. As análises e monitoramentos das áreas de cultivo no litoral paulista continuarão sendo realizados, mesmo que em algumas regiões a coleta tenha sido impossibilitada devido às condições climáticas e dificuldades de acesso.
Com informações da EBC
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