Quando um brasileiro vai à padaria comprar um pão, raramente se dá conta do longo trajeto que os insumos percorrem até chegarem às prateleiras. De maneira similar, a origem de itens como manteiga, óleo e até ração para animais muitas vezes passa despercebida. Contudo, a logística desempenha um papel crucial nesse processo de abastecimento e distribuição.
Um exemplo marcante dessa dinâmica é o Lote 5 das Rodovias Integradas do Paraná, uma via fundamental pela qual transitam grande parte das mercadorias produzidas no país. Airton Galinari, presidente executivo da Coamo, uma cooperativa com mais de 30 mil cooperados do agronegócio, relata como essa infraestrutura é vital para o escoamento de produtos como grãos e óleos. “A soja que industrializamos se transforma em óleo, que chega rapidamente ao mercado. A maior parte do transporte é feito por caminhão, e a qualidade das rodovias é essencial para isso”, explica Galinari. No último ano, a empresa exportou 4,5 milhões de toneladas de produtos, com expectativa de manter esse desempenho.
Com o intuito de atender às demandas das economias regionais, o Ministério dos Transportes anunciou a concessão de 432 quilômetros das BRs 163/369/467 e PRs 158/317/467/977/978, essencial para interligar as áreas de produção e os principais centros de consumo. Anderson Léo Sabadin, presidente da Primato, uma cooperativa que se destaca no setor de alimentação animal, evidencia a importância das melhorias nas estradas. A empresa, que prevê um crescimento de 48% até 2025, produz mais de 400 mil toneladas de ração, contribuindo significativamente para o abastecimento local e nacional. “Rodovias melhores facilitam nosso escoamento. Com investimentos adequados, a qualidade dos nossos produtos aumenta e conseguimos atender a mais clientes”, afirma Sabadin.
Dados recentes do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) revelam que a indústria de transformação é um motor crucial para o crescimento econômico do estado, prevendo um aumento de 73,7% nas exportações até 2025, com receitas alcançando US$ 299 milhões nos primeiros meses do ano.
O Lote 5 abrange rodovias que conectam áreas agrícolas significativas a estados estrategicamente importantes, como Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de facilitar o comércio com o Paraguai. Milton Dall’Agnol, diretor comercial da Rodomax, empresa de logística, destaca que rodovias de qualidade melhoram a eficiência operacional, reduzindo custos, tornando produtos mais acessíveis ao consumidor e contribuindo com práticas sustentáveis. “Rodovias bem conservadas diminuem o consumo de combustível e o tempo de viagem, resultando em menos desgaste dos veículos e poluição”, conclui Dall’Agnol, enfatizando a necessidade de investimento em infraestrutura para fomentar o desenvolvimento econômico.
Com informações e Fotos do Ministério dos Transportes











