Os moradores da cidade de São Paulo enfrentarão um risco extremo de exposição à radiação ultravioleta na próxima quinta-feira (19), de acordo com informações do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O índice ultravioleta (IUV) atingirá o nível 11, considerado extremo pela Organização Mundial da Saúde, e permanecerá elevado até, pelo menos, sexta-feira.
O IUV representa a intensidade dos raios ultravioleta que podem causar danos à pele, como queimaduras e até mesmo problemas oculares. Neste caso, a poluição do ar é apontada como um dos fatores responsáveis por amplificar a incidência da radiação, devido ao impacto que exerce sobre a camada de ozônio. A situação da qualidade do ar na Região Metropolitana de São Paulo tem se agravado nos últimos dias, com a capital paulista sendo considerada a cidade mais poluída do mundo.
Além da poluição atmosférica, a população enfrenta ainda a fumaça decorrente de incêndios florestais e os efeitos da baixa umidade do ar, intensificados pela onda de calor que atinge a região. A expectativa é de que a temperatura chegue a alcançar os 34ºC na cidade na próxima sexta-feira, conforme previsão do CPTEC.
Diante desse cenário preocupante, autoridades como a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, realizaram uma reunião para discutir as ações a serem tomadas. O governo estadual decidiu prorrogar o fechamento de 81 unidades de conservação, reforçar o efetivo de bombeiros civis para 102 pessoas e alocar recursos para o combate aos incêndios.
O Ministério da Saúde também mobilizou equipes para atuar na região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, visando elaborar planos de assistência à população afetada pelos incêndios. Recomenda-se à população que aumente a ingestão de água, busque locais mais frescos, evite atividades ao ar livre e se afaste de regiões com queimadas.
Além de São Paulo, o governo federal está monitorando outras regiões afetadas pela seca e pelas queimadas, como Acre, Amazonas e Rondônia. A Força Nacional do SUS será enviada para auxiliar no atendimento e monitoramento das consequências da onda de calor. Esta situação reforça a importância de medidas preventivas e de cuidado com a saúde diante do aumento dos riscos ambientais e climáticos que têm sido observados.
Com informações da EBC
Fotos: © Paulo Pinto/Agencia Brasil / EBC
