Professores de pelo menos 25 universidades federais, que estavam em greve desde meados de abril, decidiram encerrar a paralisação após analisarem as propostas do governo. No entanto, o fim da greve não significa um retorno imediato às aulas e demais atividades acadêmicas. Cada universidade terá autonomia para definir seu próprio calendário e realizar a reposição das aulas.

O prazo estabelecido para que os professores deliberassem sobre o retorno às atividades terminou hoje (21), conforme determinado pelo comando nacional da greve, vinculado ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). As assembleias foram realizadas nas 55 universidades afetadas pela paralisação.

O retorno das aulas dependerá, além da decisão dos professores, da atuação do pessoal técnico e administrativo, responsável por elaborar os novos calendários acadêmicos e realizar eventuais trancamentos de matrícula. A expectativa é de que as atividades sejam retomadas gradualmente, com cada instituição definindo seus prazos para o término do primeiro semestre letivo e o início do segundo semestre.

Neste contexto, a Universidade de Brasília (UnB) já anunciou que as aulas serão retomadas na próxima quarta-feira (26). Enquanto isso, o comando nacional de greve irá analisar os resultados das assembleias realizadas durante o final de semana e definir os próximos passos do movimento. A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) também está avaliando os desdobramentos da greve em suas bases.

Diante desse cenário, é possível afirmar que o retorno às aulas nas universidades federais será gradual e dependerá da articulação entre os professores, os técnicos administrativos e as próprias instituições de ensino para garantir a continuidade do calendário acadêmico.

Com informações da EBC
Fotos: © Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil / EBC