Após três dias foragido, Eurípedes Gomes Macedo Júnior, presidente do Solidariedade, finalmente se entregou à Polícia Federal em Brasília, no último sábado. Acompanhado por seus advogados, ele foi levado à Superintendência da corporação e aguarda transferência para o sistema penitenciário. A acusação de desvio milionário de verba partidária e eleitoral do antigo Partido Republicano da Ordem Social (Pros), que se fundiu ao Solidariedade no ano passado, pesa sobre Eurípedes. O ex-presidente do Pros, Marcus Vinicius Chaves de Holanda, alega que ele desviou cerca de R$ 36 milhões.
A investigação aponta Eurípedes como líder de uma organização criminosa, composta por membros de sua família e parentes próximos. No entanto, a defesa do presidente do Solidariedade alega a total inocência de Eurípedes e afirma que conseguirá provar sua inocência perante a Justiça. Em nota, o Solidariedade informou que Eurípedes pediu licença do cargo de presidente do partido por tempo indeterminado, sendo substituído pelo deputado federal Paulinho da Força.
A operação da Polícia Federal, chamada Operação Fundo do Poço, cumpriu sete mandados de prisão preventiva e 45 mandados de busca e apreensão em diferentes estados do país. O bloqueio de R$ 36 milhões e o sequestro de 33 imóveis também foram determinados pela Justiça Eleitoral do DF. Eurípedes era o único alvo da operação que ainda não havia sido encontrado, sendo considerado foragido. Após se licenciar de suas funções no partido, ele se entregou voluntariamente à Polícia Federal para cumprir o mandado de prisão.
A defesa de Eurípedes destaca que ele demonstrará sua inocência diante da Justiça e que os motivos para sua prisão preventiva são insubsistentes. Agora, caberá ao Judiciário analisar as provas e decidir sobre o futuro do presidente do Solidariedade. A situação levanta questionamentos sobre a transparência e lisura no uso dos recursos públicos destinados aos partidos políticos e a necessidade de uma maior fiscalização e controle desses recursos.
Com informações da EBC
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