O ex-presidente do partido Solidariedade, Eurípedes Gomes Júnior, se entregou à Polícia Federal em Brasília no sábado, após ficar três dias foragido. Ele foi preso preventivamente e passou por uma audiência de custódia e exame de corpo de delito no domingo. Os advogados de Eurípedes pediram que a prisão preventiva fosse convertida em domiciliar, mas o pedido foi negado pela Justiça.
Eurípedes é um dos alvos da Operação Fundo no Poço, que investiga desvios de aproximadamente R$ 36 milhões do fundo partidário e eleitoral do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) nas eleições de 2022. O esquema criminoso envolvia candidaturas laranjas em todo o país, superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos partidários destinados à Fundação de Ordem Social (FOS) do partido.
Antes de se entregar à PF, Eurípedes Júnior se licenciou da presidência do Solidariedade por tempo indeterminado, e a vice-presidência nacional assumirá o comando do partido durante sua ausência. A investigação aponta que Eurípedes é suspeito de crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado e falsidade ideológica eleitoral, entre outros.
Os advogados do ex-presidente afirmam que ele conseguirá provar sua inocência perante a Justiça e que todos os fatos em apuração serão esclarecidos. Eurípedes Gomes Júnior segue detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, aguardando sua transferência para o complexo penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. A Operação Fundo no Poço foi autorizada pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral de Brasília e envolve outras pessoas ligadas ao partido.
Com informações da EBC
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