O Tribunal do Júri absolveu dois policiais militares acusados de matar um dancarino em 2014, no Rio de Janeiro. A decisão foi tomada após cinco dias de julgamento e muita polêmica.
O caso aconteceu durante uma abordagem policial no Morro da Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense. Os PMs foram acusados de atirar em Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG, que era dançarino do programa Esquenta, da TV Globo. Segundo a denúncia, os policiais teriam forjado uma cena para simular um confronto e alegaram legítima defesa.
Durante o julgamento, foram ouvidas testemunhas que confirmaram terem visto os policiais atirando em DG sem ele representar ameaça. Além disso, laudos periciais indicaram que os disparos foram feitos à queima-roupa, descartando a possibilidade de legítima defesa.
Apesar das evidências, a defesa dos PMs argumentou que os policiais agiram em legítima defesa, pois teriam sido recebidos a tiros ao chegarem ao local. Por outro lado, os advogados da família de DG alegaram que não havia provas concretas que justificassem os disparos.
A absolvição dos policiais militares gerou revolta entre familiares e amigos de Douglas Rafael, que ainda aguardavam por justiça após tantos anos de impunidade. O Ministério Público afirmou que irá recorrer da decisão e buscará a condenação dos acusados em instâncias superiores.
Diante desse cenário, a sociedade civil organizada e movimentos de direitos humanos têm se mobilizado em busca de justiça e pelo fim da violência policial nas comunidades. A luta por um sistema de segurança mais justo e transparente continua, visando garantir os direitos fundamentais de todos os cidadãos, sem distinção.
Com informações da EBC
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