A Procuradoria-Geral da República emitiu parecer contrário ao pedido do ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, para prorrogar o prazo de defesa no inquérito que investiga supostas declarações ameaçadoras feitas por ele a senadores durante a votação da PEC do voto impresso, em agosto de 2022. O parecer da PGR foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e reforça que Braga Netto teve tempo suficiente para apresentar sua defesa e que a solicitação de mais prazo não se justifica.

De acordo com as investigações, Braga Netto teria pressionado senadores a votarem a favor da proposta do voto impresso sob ameaça de ruptura institucional. O ex-ministro nega as acusações e alega que suas declarações foram tiradas de contexto e deturpadas. No entanto, o Ministério Público concluiu que há indícios suficientes para dar continuidade ao inquérito e verificar a veracidade das declarações atribuídas a Braga Netto.

A defesa do ex-ministro argumentou que o prazo para apresentar sua manifestação era exíguo diante da complexidade do caso e da quantidade de documentos a serem analisados. No entanto, a PGR rebateu essa justificativa, ressaltando que Braga Netto teve tempo hábil para se preparar e apresentar sua defesa de forma adequada.

Além disso, a PGR destacou a gravidade das acusações contra o ex-ministro e a necessidade de se esclarecer os fatos com celeridade. O parecer ressalta que a demora na conclusão do inquérito pode gerar prejuízos para a própria investigação e para a imagem das instituições envolvidas.

Diante desse cenário, o STF deverá analisar o parecer da PGR e decidir se acata ou não o pedido de prorrogação do prazo de defesa de Braga Netto. Enquanto isso, as investigações continuam avançando e novos depoimentos e provas estão sendo colhidos para esclarecer os fatos e garantir a Justiça no caso.

Com informações da EBC
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