Um pesquisador renomado em direitos humanos expõe preocupações alarmantes a respeito do uso de legislações estatais para justificar a violência contra a população negra. Segundo ele, essa prática não é recente, sendo um resquício histórico de uma estrutura social que sistematicamente marginaliza e subjuga indivíduos com base na cor da pele. O estudo reflete sobre como os dispositivos legais, em vez de proteger os cidadãos, acabam servindo como ferramentas de opressão, legitimando ações que, em muitos casos, resultam em mortes violentas.

O pesquisador analisa casos específicos onde a força letal foi utilizada por agentes de segurança em situações que poderiam ter sido evitadas. Ele argumenta que o fortalecimento de uma narrativa de criminalização da população negra alimenta um ciclo vicioso de violência, gerando um clima de impunidade para os responsáveis. Ele enfatiza que, apesar das legislações que deveriam assegurar direitos e proteção, muitas vezes se tornam um empecilho para a justiça, pois permitem que a força excessiva seja vista como uma resposta aceitável a situações que, na verdade, são resultado de uma criminalização histórica.

Ainda segundo o especialista, esse panorama é agravado pela falta de representatividade e voz nas decisões políticas, que tendem a marginalizar as experiências e necessidades da população negra. Ele salienta a importância de promover uma reforma nas políticas públicas, as quais deveriam priorizar a equidade racial e social, criando mecanismos que assegurem a dignidade e proteção de todos os cidadãos, independentemente de sua origem.

Além disso, o pesquisador destaca a urgência em transformar o discurso e as práticas institucionais, promovendo uma reflexão crítica sobre o papel do Estado e suas responsabilidades. O combate ao racismo estrutural é um desafio que requer um compromisso coletivo para garantir que todos possam viver com segurança e respeito, sem medo de serem alvos de violência. Esta é uma luta contínua, que exige mobilização e conscientização por parte da sociedade como um todo.

Com informações da EBC
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