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Pejotização dos trabalhadores ameaça coesão social, alerta especialista em evento sobre direitos no Brasil

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A questão da pejotização no Brasil tem se tornado um tema central nas discussões sobre as relações de trabalho e suas consequências sociais. Esse fenômeno ocorre quando empresas contratam trabalhadores como pessoas jurídicas, ou seja, como empresas individuais, ao invés de formalizá-los como empregados. Tal prática, embora possa parecer vantajosa em alguns aspectos, tem amplo impacto negativo sobre os direitos trabalhistas e a proteção social.

A pejotização corrompe o pacto social que fundamenta as relações laborais, uma vez que desvirtua os direitos conquistados ao longo das últimas décadas. Ao se optar por essa forma de contratação, as empresas buscam evitar encargos trabalhistas e previdenciários, transferindo a responsabilidade pelo seu bem-estar para o trabalhador. Isso gera um cenário onde os profissionais, apesar de estarem exercendo funções similares aos dos empregados tradicionais, ficam desprovidos de direitos fundamentais, como férias, 13º salário e proteção em casos de demissão.

Essa prática acarreta também um enfraquecimento da seguridade social. Os trabalhadores contratados como pessoas jurídicas frequentemente não contribuem adequadamente para a previdência, o que compromete a sua futura aposentadoria e benefícios. O resultado é uma crescente insegurança econômica que afeta não só os indivíduos, mas também a sociedade como um todo, uma vez que a falta de proteção social intensifica a desigualdade.

Adicionalmente, a pejotização pode levar a uma precarização das condições de trabalho. Sem um vínculo empregatício formal, os trabalhadores enfrentam maior dificuldade em reivindicar melhores condições e salários justos, o que perpetua um ciclo de exploração. Esse cenário também contribui para o aumento do número de trabalhadores informais no Brasil, que, segundo dados recentes, continua a ser uma preocupação nas políticas de emprego e desenvolvimento.

Portanto, a discussão sobre a pejotização deve estar no centro das políticas públicas, uma vez que a proteção dos direitos dos trabalhadores é fundamental para a construção de um mercado de trabalho mais justo e equitativo. Garantir condições dignas de trabalho e resgatar a essência do pacto social são imperativos que não podem ser ignorados em um país que busca a equidade e o respeito às leis trabalhistas.

Com informações da EBC
Fotos: / EBC

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