O projeto do Orçamento para o ano de 2025 foi encaminhado ao Congresso Nacional na noite de sexta-feira, 30 de agosto de 2024, e trouxe algumas alterações significativas em relação às projeções econômicas. Uma das mudanças mais notáveis foi a revisão da estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que passou de 2,8% na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2,64% no projeto de lei orçamentária (PLOA).

Além disso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado como referência para a inflação, teve sua projeção elevada de 3,1% para 3,3% para o próximo ano. Outros parâmetros também sofreram revisões significativas, como a expectativa para a Taxa Selic, que agora é de 9,61% ao final de 2025, em comparação com os 8,05% previstos inicialmente na LDO. Já a previsão para o dólar médio subiu de R$ 4,98 para R$ 5,19.

O projeto contém ainda estimativas para o período de 2026 a 2028, com taxas médias de crescimento do PIB em torno de 2,6% ao ano e projeções do IPCA em 3% para cada um desses anos. Em relação à Taxa Selic, espera-se uma média de 8,26% ao ano em 2026 e de 6,9% em 2027 e 2028. Vale destacar que, atualmente, a taxa Selic encontra-se em 10,5% ao ano.

No que diz respeito à inflação, a projeção para 2025 encontra-se ligeiramente acima da meta central de 3% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Com a margem de tolerância de 1,5 ponto percentual estabelecida pelo CMN, a inflação pode oscilar entre 1,5% e 4,5% no próximo ano sem que a meta seja descumprida. De acordo com os dados de julho, o IPCA acumulado em 12 meses já se encontra no teto da meta, em 4,5%.

O preço médio estimado para o barril do petróleo em 2025 é de US$ 80,79, o que impactará diretamente as receitas da União com royalties. Além disso, a massa salarial nominal deve apresentar um crescimento de 7,84%. Esses são alguns dos principais aspectos do Orçamento para o próximo ano, que refletem as projeções e expectativas do governo em relação à economia brasileira.

Com informações da EBC
Fotos: © Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo / EBC