O Rio Grande do Sul vem sofrendo severas consequências das fortes chuvas, enchentes e enxurradas que assolam o estado desde o final de abril. Segundo informações da Defesa Civil gaúcha, o número de mortos já alcança a marca de 171, com 43 pessoas ainda desaparecidas. Além disso, cerca de 806 indivíduos ficaram feridos e mais de 618 mil estão desalojadas, sendo que 37.812 delas estão abrigadas temporariamente.
Essa onda de mau tempo tem afetado mais de 2,3 milhões de moradores em 475 municípios, com destaque para os estragos provocados ao longo dos rios Taquari, Sinos, Caí, Gravataí, Pardo e Jacuí. O transbordamento desses rios resultou em inundações e enxurradas que culminaram no Rio Guaíba, na capital Porto Alegre, levando à destruição de bairros e à perda de vidas e bens de milhares de famílias. Posteriormente, a água seguiu seu curso em direção à Lagoa dos Patos, causando alagamentos em cidades como Rio Grande e Pelotas.
A infraestrutura do estado foi fortemente comprometida, com dezenas de deslizamentos de terra e pontes destruídas, o que resultou em milhares de famílias isoladas e mais de 77 mil resgatadas até o momento. A cidade de Porto Alegre foi severamente afetada, com a rodoviária e o aeroporto alagados e impedindo suas operações.
No entanto, no último sábado (1º), houve um pequeno alívio, já que o nível do Rio Guaíba finalmente ficou abaixo da cota de inundação após um mês. Isso permitiu que moradores de bairros como Humaitá e Vila dos Farrapos retornassem para suas casas, apesar de se depararem com muito lixo e lama nas ruas.
Dessa forma, o Rio Grande do Sul enfrenta uma verdadeira calamidade, com vidas perdidas, famílias desabrigadas e uma infraestrutura severamente danificada devido aos desastres climáticos que assolam a região. Medidas urgentes de apoio, resgate e reconstrução são necessárias para amenizar o sofrimento e a dor causados por essa tragédia.
Com informações da EBC
Fotos: © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil / EBC