Nove em cada dez mulheres relataram ter enfrentado algum tipo de violência ao se deslocar durante à noite. Esse dado alarmante revela uma realidade preocupante sobre a segurança feminina em espaços públicos. A pesquisa que embasa essa afirmação mostra que, entre as experiências de violência enfrentadas, muitas mulheres estão expostas a assédios, violência física e até mesmo ameaças com armas.

Esses episódios de violência têm um impacto profundo na vida das mulheres, que, além de sofrerem com o trauma emocional, muitas vezes mudam seus comportamentos, evitando determinados locais ou horários para se deslocar, o que pode limitar sua liberdade e autonomia. Essa situação é ainda mais grave em áreas urbanas, onde a iluminação inadequada e a falta de segurança nos transportes públicos contribuem para a sensação de insegurança.

Estudos aprofundados também indicam que a insegurança no transporte público é um dos fatores que mais contribui para a sensação de vulnerabilidade das mulheres. Elas frequentemente enfrentam a falta de fiscalização adequada, além da necessidade de encarar situações de constrangimento e medo diariamente. Muitas relatam que ter que escolher itinerários ou modos de transporte mais longos para evitar áreas consideradas perigosas se tornou uma norma em suas vidas.

A crescente conscientização sobre essa problemática tem levado diversas organizações e movimentos sociais a se mobilizarem em busca de soluções efetivas. Propostas de melhorias na segurança pública, investimentos em iluminação e infraestrutura, além do aumento da presença policial em áreas críticas, são algumas das demandas que surgem dessa discussão. O papel das políticas públicas é fundamental para que as mulheres possam se deslocar com segurança, sem medo de serem vítimas de qualquer forma de violência.

É essencial que essas questões sejam amplamente debatidas em fóruns sociais e que a sociedade civil se una para exigir que o direito à segurança e à liberdade de movimento seja garantido a todas as mulheres. Somente assim poderemos avançar em direção a uma sociedade mais justa e igualitária, onde o direito de ir e vir seja respeitado independentemente do gênero.

Com informações da EBC
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