As trabalhadoras rurais beneficiadas pelo programa Agroamigo, do Banco do Nordeste, registraram um marco notável em 2024 ao ultrapassarem a cifra de R$ 4,4 bilhões em valores de crédito contratados. Esta quantia representa um aumento impressionante de 58% em comparação ao montante de R$ 2,8 bilhões registrado em 2023. Este avanço significativo reflete o total de contratações realizadas nas áreas de atuação do Banco, abrangendo estados do Nordeste brasileiro e partes de Minas Gerais e Espírito Santo.
O avanço não se restringiu apenas ao volume financeiro. O número de operações de crédito realizadas também cresceu consideravelmente. Enquanto em 2023 foram concretizadas cerca de 298 mil operações, no ano seguinte esse número foi superado, chegando a mais de 353 mil contratações. Esse crescimento expressivo demonstra a crescente participação das mulheres nos negócios rurais e sua busca por autonomia financeira.
Além disso, o valor médio por operação também registrou um aumento significativo. O chamado ticket médio, que era de R$ 9,4 mil em 2023, aumentou para R$ 12,5 mil em 2024, indicando uma elevação de aproximadamente 34%. Este incremento reflete um maior acesso das mulheres a financiamentos mais substanciais, permitindo-lhes investir em seus negócios de maneira mais robusta.
Cristiane Garcia Barbosa, gerente do ambiente de Microfinança Rural do Banco do Nordeste, destaca que essas conquistas são fruto de mudanças no programa que visam incentivar o empreendedorismo feminino. A partir de agora, as mulheres podem acessar até R$ 15 mil por operação, um valor que ultrapassa em 25% o limite disponível para os homens. “Estas empresárias gerenciam seus negócios familiares de modo a transformar a realidade social e econômica de suas famílias, gerando um impacto positivo em suas comunidades”, enfatiza Cristiane.
Em termos de liderança nas contratações, 2024 foi marcante. As mulheres continuaram a liderar no número de operações do Agroamigo, representando 51,41% dos mais de 686 mil contratos celebrados no ano. Este resultado reforça a tendência, já observada desde 2023, quando pela primeira vez as mulheres superaram os homens em número de operações do programa, com uma participação de 51% no total.
Esta evolução no protagonismo feminino no campo não só evidencia a importância do crédito rural como ferramenta de empoderamento econômico, mas também sublinha o papel crucial das mulheres na dinamização da economia rural, promovendo o desenvolvimento sustentável e a transformação social em suas comunidades.
Com informações do Banco do Nordeste – BNB
Fotos: BNB