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Movimento #vapeOFF: os riscos dos cigarros eletrônicos para os jovens brasileiros.

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No Dia Mundial sem Tabaco, comemorado nesta sexta-feira (31), a Fundação do Câncer lançou o #movimentovapeOFF, uma iniciativa para conscientizar sobre os malefícios do cigarro eletrônico, conhecido como vape. O foco principal dessa campanha é alertar a população mais jovem, que tem sido mais impactada pelo aumento do uso desses dispositivos nos últimos seis anos. Segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), houve um aumento de 600% no consumo de vapes nas Américas nesse período.

Essa ação faz parte da campanha da Organização Mundial da Saúde (OMS) intitulada “Proteger as crianças da interferência da indústria do tabaco”, que tem como objetivo evitar a formação de novos fumantes. A ideia é incentivar os governos a cumprir as diretrizes estabelecidas na Convenção Quadro para Controle do Tabaco (CQCT), especificamente no Artigo 13, sobre a proibição da propaganda, promoção e patrocínio do tabaco, adotadas na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2014.

O diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, ressalta que as empresas de tabaco investem anualmente mais de US $8 bilhões em marketing e publicidade, com foco principal na população mais jovem, visando estimular o consumo do cigarro eletrônico. Apesar da proibição da entrada dos vapes no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), há uma grande pressão das indústrias de tabaco para formar novos fumantes, gerando um risco significativo para os jovens.

Para Maltoni, é fundamental mobilizar a sociedade, tanto entidades públicas quanto privadas, para se unirem nessa causa e garantir um futuro saudável para os jovens. O objetivo do #movimentovapeOFF é informar os jovens sobre os malefícios trazidos por esses dispositivos eletrônicos, desmistificando a falsa ideia de que os vapes ajudam a largar o vício do tabaco. Ao contrário, o cigarro eletrônico pode ser uma porta de entrada para a dependência e levar à transição para o cigarro convencional, dobrando as chances de se tornar fumante.

A pesquisa do Ministério da Saúde revela que cerca de 1 milhão de brasileiros já experimentaram o cigarro eletrônico, sendo 70% deles jovens entre 15 e 24 anos. Alfredo Scaff, epidemiologista e consultor médico da Fundação do Câncer, destaca que os adolescentes que usam vapes têm duas vezes mais chances de fumar cigarros tradicionais na vida adulta. Diante desse cenário preocupante, a fundação está estabelecendo parcerias com instituições de ensino para lançar desafios que envolvam estudantes e professores na conscientização sobre os riscos do cigarro eletrônico, visando sensibilizar e alertar os mais jovens sobre os perigos desses dispositivos.

Em todo o mundo, 1,3 bilhão de pessoas usam tabaco, sendo que o tabagismo é responsável pela morte de aproximadamente 8 milhões de indivíduos anualmente, sendo mais de 7 milhões fumantes ativos e cerca de 1 milhão não fumantes passivos. A expectativa de vida dos fumantes é reduzida em pelo menos 10 anos em relação aos não fumantes. A luta contra o tabagismo e o consumo de cigarros eletrônicos é fundamental para promover uma vida saudável e prevenir doenças graves. A informação qualificada e a conscientização são essenciais para combater essa ameaça à saúde pública.

Com informações da EBC
Fotos: © Joédson Alves/Agência Brasil / EBC

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