A polêmica envolvendo o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, e a expressão xenófoba associando indígenas à desorganização tem gerado repercussão e debate nas redes sociais e na imprensa. Após a declaração infeliz feita após a vitória sobre o Atlético Clube Goianiense, o treinador procurou se retratar e pedir desculpas pelo erro cometido.

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, divulgou em suas redes sociais que foi contatada pela assessoria do Palmeiras para informar sobre o pedido de desculpas de Abel Ferreira. Ela ressaltou a importância do reconhecimento do erro e destacou a necessidade de um pedido de desculpas às comunidades indígenas do Brasil.

O próprio treinador reconheceu sua falha e repudiou qualquer forma de preconceito e discriminação. Em suas redes sociais, Abel Ferreira admitiu o equívoco na utilização da expressão e ressaltou que as palavras têm poder e impacto, independentemente da intenção. Ele se comprometeu a questionar, refletir e buscar melhorias constantes em suas ações.

A ministra Sonia Guajajara, por sua vez, classificou as declarações de Abel Ferreira como inadmissíveis e convidou o técnico a conhecer a história e a realidade dos povos indígenas no Brasil, além de refletir sobre a colonização portuguesa e as questões relacionadas à escravização e exploração desses povos. Ela também mencionou os recentes posicionamentos do governo português em relação aos crimes cometidos contra escravos e indígenas no Brasil, destacando a importância do reconhecimento desses erros como ponto de partida para ações efetivas de reparação.

O episódio envolvendo Abel Ferreira e a expressão xenofóbica destaca a necessidade contínua de combate ao preconceito, discriminação e estereótipos em relação às comunidades indígenas, bem como a importância do diálogo, do reconhecimento dos erros e da busca por uma sociedade mais igualitária e respeitosa com todas as pessoas.

Com informações da EBC
Fotos: © Frame/Canal Gov / EBC