Mais do que um bioma, a Amazônia representa vida e um futuro potencial, servindo como um dos pilares para o desenvolvimento sustentável no Brasil. Em celebração ao Dia da Amazônia, comemorado em 5 de setembro, o setor de transporte tem demonstrado um compromisso com a modernização da infraestrutura logística da região, focando em descarbonização, eficiência e inclusão social.
Em um contexto de preparação para a COP30, que ocorrerá em Belém (PA) em novembro de 2025, uma agenda estratégica está sendo elaborada para apresentar os avanços significativos em enfrentamento das mudanças climáticas e na transição para uma logística mais sustentável. Essa conferência se configurará como uma plataforma para consolidar resultados já obtidos e buscar a ampliação de compromissos que visem a mitigação de impactos ambientais.
Representantes do setor destacam a importância de sistematizar os resultados já alcançados e propor novas metas e compromissos. O objetivo central é desenvolver uma infraestrutura de transporte que seja adaptada às realidades locais, resiliente e em conformidade com as metas de redução de emissões e promoção de práticas de desenvolvimento sustentável. Assim, a sustentabilidade se torna uma premissa essencial no planejamento e na atuação do setor.
Nesse contexto, investimentos têm sido direcionados à articulação com comunidades impactadas por grandes projetos de infraestrutura. Obras superiores a R$ 500 milhões incluem a implementação de planos ambientais voltados para a proteção de povos indígenas e comunidades quilombolas. Essa abordagem tem contribuído para uma transformação significativa na Amazônia, com a nova etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevendo R$ 23 bilhões para a ampliação e manutenção de rodovias na região.
Além disso, é projetado um investimento de R$ 33 bilhões em concessões rodoviárias para os próximos anos, abrangendo áreas estratégicas dos estados do Pará, Mato Grosso, Tocantins e Rondônia. Essas concessões já contemplate exigências relacionadas à redução de emissões, como a utilização de veículos de apoio com baixa emissão de poluentes e a instalação de pontos de recarga para veículos elétricos ao longo das rotas.
No que diz respeito à utilização de materiais sustentáveis, há uma crescente implementação de inovações, como o asfalto borracha, que incorpora pneus reciclados, e o asfalto com adição de plástico reciclado, aumentando a durabilidade das vias e contribuindo para a redução do descarte de resíduos.
O setor também está investindo em uma abordagem de desenvolvimento tecnológico, com parte da arrecadação de pedágios destinada ao financiamento de pesquisas e projetos-piloto que visam promover uma infraestrutura resiliente às mudanças climáticas. De 2022 a 2023, o orçamento para manutenção de rodovias subiu de R$ 6 bilhões para R$ 22 bilhões, mostrando um empenho em elevar a qualidade da malha rodoviária.
O Brasil está consolidando sua posição na agenda climática global, especialmente no âmbito do transporte, que representa cerca de 11% das emissões nacionais de gases de efeito estufa. Nesse sentido, um estudo sobre 90 soluções para a redução de emissões nos modais rodoviário e ferroviário projeta cenários até 2050, buscando alinhar o crescimento econômico às metas climáticas. Essa iniciativa colabora com a nova Contribuição Nacionalmente Determinada do Brasil no Acordo de Paris, desenvolvendo diretrizes que promovem uma mobilidade mais sustentável e responsável.
Com informações e Fotos do Ministério dos Transportes
