No dia 2 de agosto de 2024, foi realizada mais uma audiência de instrução no Tribunal de Justiça de São Paulo para ouvir duas testemunhas de defesa no caso do Massacre de Paraisópolis. Esse caso envolve 12 policiais militares acusados da morte de nove jovens durante uma operação no baile funk da DZ7, localizado na comunidade de Paraisópolis, na noite de 1 de dezembro de 2019.
Inicialmente, 13 policiais estavam sendo julgados, mas o processo de um deles foi suspenso, restando então os 12 militares que respondem por homicídio qualificado e lesão corporal por dolo eventual. Essa audiência de instrução é uma etapa importante no processo, que visa decidir se os policiais serão levados a júri popular.
Ao todo, 22 testemunhas foram arroladas pela defesa dos policiais, sendo que cinco delas foram ouvidas em uma data anterior. O Tribunal de Justiça ainda não agendou uma nova data para ouvir o restante das testemunhas de defesa. Por sua vez, as testemunhas de acusação já foram ouvidas em três audiências de instrução realizadas em julho do ano passado, em dezembro e recentemente em maio deste ano.
Após a fase de instrução, a próxima etapa será o interrogatório dos réus, onde terão a oportunidade de se manifestar sobre o ocorrido. O massacre chocou a população na época, pois resultou na morte de nove jovens com idades entre 14 e 23 anos. A Polícia Militar alegou que os agentes agiram em legítima defesa, já que teriam sido atacados por criminosos durante a operação, mas essa versão é contestada pelas famílias das vítimas.
O caso do Massacre de Paraisópolis ganhou grande repercussão e agora está sendo analisado minuciosamente pela Justiça para esclarecer os fatos e garantir a punição dos responsáveis pelas mortes dos jovens naquela noite trágica de dezembro de 2019.
Com informações da EBC
Fotos: © Paulo Pinto/Agência Brasil / EBC