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Mais de 626 mil pessoas seguem desabrigadas após tragédia climática no Rio Grande do Sul.

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Há exatamente um mês, o Rio Grande do Sul se viu diante do que se tornou o maior desastre climático da sua história. Tudo começou com a primeira grande chuva no dia 27 de abril, que se intensificou nos dias seguintes. Neste intervalo de tempo, o estado contabiliza um total de 169 mortes, 806 feridos e ainda mantém 44 pessoas desaparecidas, segundo informações da Defesa Civil.

Os estragos causados pelas enchentes atingiram um número alarmante de pessoas. Mais de 626,7 mil gaúchos continuam sem poder retornar para suas casas, sendo que 45 mil delas estão temporariamente abrigadas em um dos 645 locais de emergência disponíveis no estado. Ao todo, cerca de 2,34 milhões de habitantes do Rio Grande do Sul foram impactados pelas inundações, o que representa 21,56% da população total do estado, estimada em 10.882.965 pessoas de acordo com dados do último censo.

Além das perdas humanas e materiais, o estado viu a mobilização de esforços para o resgate de vítimas e animais. Mais de 77.000 pessoas foram resgatadas e cerca de 12.500 animais domésticos e silvestres foram retirados das áreas atingidas pelas águas. As consequências das fortes chuvas se fizeram sentir em 95,17% dos municípios gaúchos, com danos registrados em 473 das 497 cidades do estado.

No que diz respeito à infraestrutura, mais de 60,8 mil residências e estabelecimentos comerciais seguem sem energia elétrica, sendo 24.387 clientes da distribuidora Equatorial Energia e 36,5 mil da Rio Grande Energia afetados. Apesar disso, o abastecimento de água tratada foi normalizado pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), assim como os serviços de telefonia e internet. Já no setor de transportes, as rodovias estaduais enfrentam bloqueios totais e parciais, afetando cerca de 62 trechos em 34 estradas, pontes e balsas. A situação do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, permanece crítica, com as operações suspensas por tempo indeterminado.

Na área da educação, mais de 1.000 escolas de 250 municípios foram afetadas pelos temporais, resultando na suspensão das aulas e no deslocamento de mais de 392 mil estudantes. Deste total, 576 escolas sofreram danos e outras 42 estão sendo utilizadas como abrigos para desabrigados. Apenas 86,5% das escolas retornaram às atividades normais, enquanto 108 unidades seguem sem previsão de retorno.

As consequências desse desastre são severas e demandam não apenas ações emergenciais, mas também investimentos em políticas públicas de prevenção e planejamento urbano. A situação atual do Rio Grande do Sul nos alerta para a urgência de medidas que possam mitigar os efeitos futuros de eventos climáticos extremos e proteger a população de novas tragédias.

Com informações da EBC
Fotos: © Tadeu Sposito/Senado Federal / EBC

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