O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decidiu conceder a poderes especiais às suas forças de segurança, permitindo que elas atuem com mais rigor em caso de uma possível intervenção militar estrangeira. A medida, aprovada em uma reunião do Conselho de Defesa da Nação, surge em um contexto de crescente tensão política e social no país, onde a situação econômica e humanitária continua a se deteriorar.
Durante o encontro, Maduro enfatizou a necessidade de preparar as instituições de segurança do país para responder adequadamente a quaisquer ameaças externas. Ele ressaltou que a Venezuela é um país soberano e que a defesa da sua integridade territorial é um dever primordial do governo. Durante os últimos anos, Maduro tem enfrentado uma pressão crescente, tanto interna quanto externa, com constantes críticas dos opositores, que o acusam de violar direitos humanos e reprimir a liberdade de expressão.
A concessão desses poderes especiais coincide com a intensificação das discussões internacionais sobre a situação na Venezuela. O país tem sido alvo de sanções econômicas por parte de diversas nações, que buscam pressionar o governo a retomar um diálogo democrático com a oposição. Maduro argumenta que essas sanções e a interferência de potências estrangeiras são uma tentativa de minar a soberania da Venezuela e desestabilizar o governo.
Paralelamente, a crise humanitária continua a se agravar, com milhões de venezuelanos deixando o país em busca de melhores condições de vida. A situação é alarmante, com escassez de alimentos e medicamentos atingindo níveis críticos. As recentes medidas de Maduro podem ser vistas como uma resposta não apenas a ameaças externas, mas também como uma forma de reforçar seu controle interno diante de uma oposição que ainda busca mobilizar suas forças.
Enquanto isso, a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos no país, questionando até que ponto os novos poderes concedidos às forças de segurança poderão influenciar a já delicada situação interna. O ambiente de incerteza e preocupação com a preservação dos direitos humanos permanece como um desafio central na Venezuela, à medida que se aproxima uma eventual reavaliação das relações do país com a comunidade global.
Com informações da EBC
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