O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tomou uma decisão importante nesta terça-feira (11) ao liberar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) para julgamento. Essa denúncia está relacionada ao assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018.
O caso será analisado pela Primeira Turma do STF, porém a data para o julgamento ainda não foi definida. A denúncia em questão foi feita em maio deste ano pela PGR e envolve Domingos Brasão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Chiquinho Brazão, deputado federal, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa. Eles são acusados de homicídio e organização criminosa.
Segundo a procuradoria, o assassinato de Marielle Franco foi encomendado pelos irmãos Brazão com o intuito de proteger interesses econômicos de milícias e inibir a oposição política representada por Marielle, que era filiada ao Psol. A base dessas acusações é a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, que confessou ser o autor dos homicídios.
A denúncia foi liberada para julgamento após o término do prazo para a defesa dos acusados se manifestarem sobre as acusações. Os advogados de Domingos Brazão argumentaram que a denúncia deveria ser rejeitada por falta de provas e também questionaram a competência do STF para julgar o caso devido à presença do deputado Chiquinho Brazão nas investigações.
Por sua vez, a defesa de Chiquinho Brazão alegou que as acusações não têm relação com seu mandato parlamentar e negaram qualquer envolvimento dos irmãos com ocupações ilegais de terrenos no Rio de Janeiro. Eles destacaram que não existiu qualquer movimento para construções em seis anos, o que questiona a motivação por trás do assassinato de Marielle.
Em suma, a liberação da denúncia para julgamento no STF representa um passo importante no desenrolar do caso e na busca por justiça no crime que chocou o país. O desfecho desse julgamento poderá trazer mais informações e esclarecer a verdade por trás desse assassinato brutal.
Com informações da EBC
Fotos: © Marcelo Camargo/Agência Brasil / EBC