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Juros do cartão de crédito atingem 429,5% ao ano em junho, revela Banco Central

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Os juros do cartão de crédito são um dos grandes vilões da economia brasileira. Em junho deste ano, essas taxas extraordinariamente altas atingiram um recorde de 429,5% ao ano, o que representa um aumento de 7,1 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Em contrapartida, as taxas médias cobradas pelos bancos em outras modalidades de crédito continuam caindo, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central.

O crédito rotativo, conhecido por suas altas taxas de juros, é uma modalidade na qual muitos consumidores acabam recorrendo quando não conseguem pagar o valor integral da fatura do cartão. Esse tipo de crédito dura apenas 30 dias e, após esse período, os juros começam a incidir sobre o valor devido, o que pode levar a um efeito bola de neve para muitos brasileiros.

Embora em janeiro deste ano tenha entrado em vigor uma lei que limita os juros do rotativo a 100% do valor da dívida, essa medida não impactou significativamente os dados de junho, pois se aplica apenas a novos financiamentos. Dessa forma, os consumidores que ainda mantêm dívidas antigas podem continuar pagando taxas exorbitantes.

Outra modalidade de crédito muito utilizada pelos brasileiros é o cartão de crédito parcelado, que, apesar de ter suas taxas de juros reduzidas em relação ao rotativo, ainda apresenta valores elevados. Em junho, a taxa anual para esse tipo de crédito foi de 180,5%, uma redução de 5,4 pontos percentuais em relação ao mês anterior, mas ainda assim muito acima do razoável.

Com a atual situação econômica do país, marcada por incertezas e dificuldades, as taxas de juros têm um impacto significativo no bolso dos consumidores e das empresas. O cenário de queda na taxa básica de juros da economia, a Selic, vinha contribuindo para uma redução gradual das taxas médias de juros, mas com recentes eventos econômicos, como a alta do dólar e a inflação em ascensão, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu interromper o ciclo de cortes na Selic, mantendo-a em 10,5% ao ano.

Diante desse cenário, é fundamental que os consumidores estejam atentos às taxas de juros cobradas em suas operações de crédito e busquem alternativas mais sustentáveis financeiramente. A educação financeira é uma ferramenta essencial para fazer escolhas conscientes e evitar o endividamento excessivo, especialmente em um momento de instabilidade econômica como o que vivemos atualmente.

Com informações da EBC
Fotos: © rupixen/Pixabay / EBC

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