A atleta Jerusa Geber, natural do Acre e com 42 anos de idade, fez história ao conquistar a medalha de ouro nos 100m na classe T11, destinada a atletas com deficiência visual, nas Paralimpíadas de 2024. Com um tempo impressionante de 11s83, Jerusa superou a chinesa Cuiqing Liu, que levou a prata com 12s04, e a paranaense Lorena Spoladore, que ficou com o bronze com 12s14.
Essa foi a primeira vez que Jerusa subiu ao topo do pódio em um grande evento esportivo, apesar de já ter conquistado duas medalhas de prata e duas de bronze em edições anteriores, como Pequim 2008, Londres 2012 e Tóquio 2020. Sua marca na semifinal, de 11s80, estabeleceu um novo recorde mundial, superando seu próprio tempo anterior de 11s83, obtido no CT Paralímpico em São Paulo.
Destaca-se que apenas quatro velocistas cegas na história conseguiram completar a prova de 100m em menos de 12s, sendo Jerusa uma delas, ao lado de outras atletas de renome internacional. Seu progresso nos últimos anos a consolidou como uma das principais representantes da classe T11, com conquistas em diversos campeonatos mundiais e parapan-americanos.
Além disso, a história de vida de Jerusa é marcada por desafios e superações, já que ela nasceu totalmente cega e, após breves momentos de visão, voltou a perder completamente a capacidade de enxergar aos 18 anos. No entanto, sua paixão pelo esporte paralímpico a impulsionou a se tornar uma atleta de destaque e exemplo de determinação.
Já Lorena Spoladore, atleta paranaense que ficou com a medalha de bronze nos 100m, também possui uma trajetória de superação, tendo perdido gradualmente a visão devido a um glaucoma congênito. Desde tenra idade, enfrentou desafios e mudanças em sua vida, mas encontrou no esporte uma forma de expressão e conquista de novos horizontes.
Assim, o desempenho de Jerusa Geber e Lorena Spoladore nas Paralimpíadas de 2024 não apenas enaltece a força e dedicação dessas atletas, mas também inspira outros a superarem suas próprias limitações e buscarem seus sonhos, independentemente das adversidades que enfrentem. A superação e a excelência esportiva se tornam, assim, fontes de inspiração e motivação para todos que acompanham e admiram o espírito paralímpico.
Com informações da EBC
Fotos: © Thomas Mukoya / EBC
