Em outubro, a inflação na região Nordeste do Brasil permaneceu abaixo da média nacional, conforme revelam os dados mais recentes sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Naquele mês, o IPCA registrou 0,47% no Nordeste, enquanto em âmbito nacional o índice chegou a 0,56%. Esses números reforçam a tendência de aceleração dos preços que já havia sido antecipada pelo IPCA-15. As informações foram detalhadamente analisadas pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), um setor de pesquisa do Banco do Nordeste voltado para o acompanhamento de indicadores econômicos da região.

Ao avaliarmos o acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA do Nordeste ficou registrado em 4,26%, situando-se abaixo da média nacional de 4,76%. No decorrer deste ano, até o mês de outubro, a inflação da região foi de 3,78%, uma cifra levemente inferior ao índice brasileiro de 3,88%.

Observou-se, durante o mês de outubro, uma subida nos principais grupos de consumo em comparação a setembro, tanto no Nordeste como no resto do país. Destaca-se que, na categoria de Alimentação e bebidas, houve um aumento de 0,6% na região Nordeste, opondo-se à queda de 0,06% registrada em setembro. O grupo de artigos de residência, que abrange móveis, utensílios, e eletrodomésticos, teve uma alta de 0,37%, comparada a 0,27% no mês anterior. Já o segmento de Vestuário apresentou um incremento de 0,78%, revertendo a diminuição de 0,06% que havia sido observada previamente.

Além disso, o setor de Saúde e cuidados pessoais teve um crescimento de 0,81%, contrastando com a queda de 0,28% verificada no mês anterior. No que diz respeito a Comunicação, que inclui serviços de dados e telefonia, houve um acréscimo de 0,34%, após uma retração de 0,09% em setembro. O economista-chefe do Etene, Rogério Sobreira, sublinha que essas elevações afetaram praticamente todos os grupos de consumo, tanto na região quanto no país, porém, no Nordeste, a intensidade dos aumentos foi menos pronunciada em comparação ao restante do Brasil.

Esses resultados espelham o cenário econômico atual, no qual a região Nordeste demonstra certa resiliência frente às pressões inflacionárias mais acentuadas no restante do país, mantendo números que, embora positivos, refletem as dinâmicas específicas de cada setor e as condições econômicas particulares do Nordeste.

Com informações do Banco do Nordeste – BNB
Fotos: BNB