A Abrasel, entidade que representa o setor de bares e restaurantes, aguarda ansiosamente uma decisão do governo federal sobre a possibilidade de reimplementar o horário de verão em 2025. A entidade destaca que tal decisão deveria ser tomada com antecedência, uma vez que sua implementação requer planejamento prévio. A incerteza em torno do tema gera preocupações, especialmente considerando os alertas emitidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que aponta para a eficácia da medida na mitigação de problemas de fornecimento energético no próximo ano.
Com a previsão de uma pressão significativa no fornecimento de energia entre 2025 e 2029, especialmente no período crítico das 18h às 21h, o ONS alerta que o aumento do consumo residencial neste intervalo, associado à diminuição da geração de energia solar, pode resultar em sobrecargas no sistema. Essas sobrecargas podem, por sua vez, forçar o acionamento de termelétricas, que são mais caras e poluentes. Dessa forma, o ONS reafirma que a adoção do horário de verão é uma medida recomendável que apresenta benefícios diretos, mas que transcende o escopo do setor elétrico, exigindo a participação de outros ministérios.
Além disso, é importante notar que a pressão para ampliar a capacidade energética se intensificará ainda mais a partir de 2026. Para a Abrasel, negligenciar uma solução simples e de baixo custo como o horário de verão seria um erro estratégico. Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, comenta que a falta de ação no passado, quando o governo justificou a não adoção do horário de verão pela falta de tempo, não se repetirá neste ano. A entidade continua a fazer pressão para que o debate sobre o assunto aconteça com a devida antecipação, pois a possibilidade de um apagão é uma preocupação real.
Ele ressalta que, além dos benefícios energéticos, a volta do horário de verão pode ter um impacto positivo no setor comercial, especialmente em bares e restaurantes. A maior incidência de luz natural no final da tarde pode melhorar a sensação de segurança, atraindo mais clientes e potencializando as vendas.
Solmucci ainda enfatiza que, no contexto atual, é contrassensical depender de termelétricas de alto custo, ao mesmo tempo em que se descarta uma alternativa simples que poderia trazer resultados imediatos. Ele conclui afirmando que a hora de agir é agora, e que a adoção do horário de verão poderá beneficiar não apenas a sociedade e o meio ambiente, mas também a economia brasileira como um todo.
Com informações e fotos da Abrasel/BR