O Governo Central, formado pelo Tesouro Nacional, pela Previdência Social e pelo Banco Central, registrou superávit primário de R$ 11,1 bilhões no mês de abril. A cifra, no entanto, ficou abaixo da expectativa dos especialistas, que esperavam um saldo positivo de R$ 18,3 bilhões, de acordo com a pesquisa Prisma Fiscal realizada pelo Ministério da Fazenda. Comparado ao mesmo período do ano anterior, houve uma redução do superávit, que em abril de 2023 foi de R$ 15,6 bilhões.
O resultado alcançado no mês de abril foi impulsionado pelo desempenho positivo do Tesouro Nacional e do Banco Central, que registraram superávit de R$ 41,4 bilhões. Por outro lado, o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) apresentou um déficit primário de R$ 30,3 bilhões.
As receitas líquidas aumentaram 8,4%, atingindo R$ 14,7 bilhões, enquanto as despesas totais cresceram 12,4%, somando R$ 19,9 bilhões. Dentre os fatores que contribuíram para o aumento da receita líquida, destacam-se o crescimento da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), do Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
As despesas, por sua vez, foram impactadas principalmente pelo aumento dos pagamentos de benefícios previdenciários, que cresceram R$ 11,7 bilhões em razão do calendário de pagamento do 13º salário da Previdência Social. Além disso, houve aumento nos benefícios de prestação continuada, despesas com pessoal e encargos sociais e despesas discricionárias.
No acumulado de janeiro a abril, o Governo Central registrou superávit primário de R$ 30,6 bilhões, frente a um saldo positivo de R$ 46,8 bilhões no mesmo período de 2023. Esse resultado é fruto de um superávit de R$ 122,9 bilhões do Tesouro Nacional e do Banco Central e de um déficit de R$ 92,3 bilhões na Previdência Social.
Com informações da EBC
Fotos: © José Cruz/Agência Brasil / EBC