A globalização, fenômeno que ganhou força a partir do final do século XX, tem sido alvo de diversas críticas nos últimos anos, em especial no que diz respeito às áreas social e ambiental. De acordo com o economista e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Flávio Galipolo, a globalização falhou em trazer benefícios significativos para esses dois aspectos fundamentais da sociedade.
No campo social, a globalização é frequentemente apontada como responsável pela exacerbada desigualdade de renda que se espalhou pelo mundo. Enquanto grandes multinacionais e investidores financeiros acumulam fortunas cada vez maiores, grande parte da população mundial continua vivendo em condições de extrema pobreza, sem acesso à educação, saúde e moradia digna. Além disso, a competição desenfreada por mão de obra barata tem levado a práticas trabalhistas precárias e desumanas em diversos países, resultando em exploração e sofrimento para milhões de pessoas.
No que tange ao meio ambiente, a globalização também se mostrou incapaz de lidar de forma eficaz com os desafios ambientais que enfrentamos atualmente. O aumento da produção e consumo em escala global tem gerado impactos significativos no ecossistema do planeta, contribuindo para a degradação ambiental, desmatamento, poluição do ar e da água, e mudanças climáticas. A busca incessante pelo lucro tem levado as empresas a ignorar os impactos ambientais de suas atividades, priorizando o crescimento econômico em detrimento da sustentabilidade do planeta.
Diante desse cenário, torna-se evidente que a globalização falhou em promover um desenvolvimento social e ambientalmente sustentável. Urge a necessidade de repensar e reformular os paradigmas econômicos e sociais que norteiam a globalização, buscando alternativas que priorizem a justiça social, a equidade e o respeito ao meio ambiente. Afinal, é fundamental que o progresso econômico esteja aliado ao bem-estar da população e à preservação dos recursos naturais para as gerações futuras.
Com informações da EBC
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