logo_mco_2023_200X75
logo_mco_120X45

Publicidade

Publicidade

Fuvest inova: lista de leitura obrigatória para vestibular traz obras de mulheres escritoras brasileiras

COMPARTILHE

A literatura sempre foi um campo de batalha pela visibilidade das mulheres. Mesmo em um mundo em constante evolução, a invisibilidade feminina persiste, especialmente quando se trata da escrita. É por isso que a Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), responsável pela seleção de estudantes para a Universidade de São Paulo (USP), anunciou uma mudança histórica para 2026: pela primeira vez na história, a lista de leitura obrigatória para o vestibular será composta exclusivamente por obras escritas por mulheres autoras da língua portuguesa.

Essa iniciativa, de acordo com a USP, tem como objetivo valorizar o papel das mulheres não apenas como personagens da literatura, mas como autoras, reconhecendo o talento e a importância de suas contribuições para a cultura e a sociedade. A presidente do Conselho Curador da Fuvest e vice-reitora da USP, Maria Arminda do Nascimento Arruda, enfatizou que muitas dessas escritoras foram marginalizadas ao longo dos anos devido ao simples fato de serem mulheres.

A invisibilidade feminina na literatura, como ressalta Lella Malta, fundadora e coordenadora do projeto Escreva, garota!, ainda é uma realidade presente na sociedade brasileira. Ela destaca que, embora muitas pessoas acreditem que essa questão tenha sido superada, basta dar uma olhada nas prateleiras das livrarias para perceber que a predominância masculina ainda é evidente. Malta ressalta a importância de empoderar as mulheres a escreverem e a compartilharem suas histórias, pois a escrita é não apenas uma forma de expressão, mas também um instrumento de empoderamento feminino.

Durante a Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), realizada recentemente em Salvador, o grupo Escreva, garota! promoveu discussões sobre a literatura feminina e destacou o trabalho de diversas escritoras que fazem parte do coletivo. Antonia Maria da Silva, autora de Sobre Ventos Passados, compartilhou sua jornada como escritora e como a literatura se tornou um espaço de liberdade e empoderamento para ela. Ela ressalta a importância de dar voz às mulheres, especialmente aquelas que foram silenciadas ao longo da história.

Assim como Antonia, a escritora Gil Lourenço, autora de O Sal do Amor, enfatiza que escrever é uma forma de se empoderar e se expressar. Para ela, a publicação de suas obras a permitiu compartilhar sua visão de mundo e se sentir representada. Gil ressalta a importância de as mulheres lerem e apoiarem umas às outras, criando uma rede de apoio e fortalecimento mútuo.

Além das questões literárias, a pesquisa realizada por Nathalia de Oliveira sobre “Corpos injuriados na escola” também destaca a importância das mulheres encontrarem espaços de diálogo e incentivo para compartilharem suas experiências e escreverem suas histórias. Nathalia destaca a potência e a importância das escritas femininas, mostrando como elas podem transformar realidades e expandir horizontes.

Diante desse cenário, iniciativas como a lista de leitura obrigatória da Fuvest e os projetos de incentivo à escrita feminina se mostram essenciais para promover a igualdade de gênero e dar visibilidade às vozes das mulheres na literatura. Através da escrita, as mulheres podem se empoderar, compartilhar suas experiências e contribuir para a construção de uma sociedade mais igualitária e justa para todos.

Com informações da EBC
Fotos: © Rovena Rosa/Agência Brasil / EBC

0

LIKE NA MATÉRIA

Publicidade