O Parque Nacional de Brasília enfrenta um desafio árduo com o incêndio que já consumiu 2,4 mil hectares de sua extensão, deixando parte da capital coberta de fumaça desde o último domingo. Apesar de as chamas não serem mais visíveis, o fogo se tornou subterrâneo, ainda presente em dois focos ativos nesta terça-feira. Com a chegada do período mais quente do dia, há o temor de que as chamas ressurjam e se alastrem novamente.
Durante a madrugada, bombeiros e brigadistas se empenharam no combate ao fogo no Parque de Brasília, resultando em uma situação menos crítica em comparação com o dia anterior. O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires, ressaltou que, embora a situação esteja mais controlada, o fogo ainda persiste e requer monitoramento e ações de combate nas áreas remanescentes.
O controle efetivo do incêndio só será alcançado quando não houver mais risco de propagação, algo que ainda não se aplica ao Parque Nacional de Brasília. Atualmente, mais de 500 bombeiros e brigadistas, além de três aviões e um helicóptero, estão engajados no monitoramento e combate às chamas. O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, com o auxílio de motobombas e aceiros, enfrenta o desafio do fogo subterrâneo, que, apesar de não exibir as chamas, emana fumaça.
O impacto ambiental e hídrico do incêndio nas matas de galerias é considerável, afetando diretamente os cursos d’água que abastecem as cidades da região. A presidente do Parque Nacional de Brasília, Larissa Diehl, aponta a importância dessas matas na regulação da água, ressaltando que a recuperação das matas de galeria é mais lenta em comparação ao Cerrado stricto sensu. Dessa forma, a qualidade e a quantidade de água disponível para a população da região podem ser comprometidas.
Com informações da EBC
Fotos: © Marcelo Camargo/Agência Brasil / EBC