A programação do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para 2025 projeta um investimento robusto de R$ 47,3 bilhões, um aumento significativo de 18,6% em comparação com a previsão de 2024. Os dados foram anunciados em um evento realizado na sede do Banco do Nordeste (BNB) em Fortaleza, Ceará, com a presença de Paulo Câmara, presidente do BNB, e José Aldemir Freire, diretor de Planejamento do Banco. Autoridades como Eduardo Correa Tavares, secretário nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), e Wandemberg Almeida, coordenador geral de Fundos da Sudene, também participaram do evento.
Nos próximos meses, o BNB promoverá uma série de eventos nos estados da região para discutir com representantes de entidades de classe e do poder público a alocação dos recursos para setores produtivos e projetos prioritários. “A sustentabilidade exige colaboração e integração de esforços”, destacou Paulo Câmara, enfatizando que tais encontros são fundamentais para a construção conjunta das diretrizes, que serão posteriormente aprovadas pelo Conselho Deliberativo da Sudene.
Embora os valores divulgados ainda possam sofrer ajustes até a finalização da programação de 2025, José Aldemir Freire destacou o crescimento contínuo das operações e a qualidade dos investimentos realizados. Ele comparou o novo total de R$ 47 bilhões com os R$ 32 bilhões de dois anos atrás, ilustrando a evolução significativa do fundo.
Do total programado, pelo menos 51% das disponibilidades do FNE serão destinados a beneficiários de menor porte, com a expectativa de que essa proporção seja ainda maior, seguindo a tendência de 2024, que alcançou cerca de 62%. Dentro desse contexto, o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) urbano, operado pelo BNB por meio do Crediamigo, é destacado como uma das principais iniciativas, podendo disponibilizar até R$ 4,73 bilhões, um aumento de 18,5% em relação ao ano anterior.
Outro programa essencial é o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), com uma proposta de alocação de quase R$ 10,5 bilhões, igualmente representando um aumento de 18,5% sobre os valores de 2024. Ambos os programas são reconhecidos por seu impacto social e econômico significativo, ajudando pequenos negócios urbanos e rurais e gerando emprego e renda em comunidades locais.
O evento também foi marcado pela apresentação do Plano de Transformação Ecológica (PTE), uma iniciativa do Ministério da Fazenda voltada para o desenvolvimento sustentável. Rafael Ramalho Dubeux, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, explicou que o plano é uma combinação de progresso econômico e respeito ao meio ambiente, destacando oportunidades de negócios sustentáveis como o diesel verde e a energia com baixa emissão de carbono.
Paulo Câmara reiterou o compromisso do BNB com o desenvolvimento sustentável, afirmando que o FNE será direcionado para iniciativas que promovam crescimento econômico alinhado com a preservação ambiental. “A transformação ecológica deve estar integrada aos nossos projetos e programas de financiamento”, afirmou, destacando a meta de alcançar um desenvolvimento inclusivo e sustentável.
O Banco do Nordeste, a maior instituição financeira de desenvolvimento regional da América Latina, opera com 293 agências em mais de dois mil municípios, abrangendo os nove estados do Nordeste, além de parte de Minas Gerais e do Espírito Santo. A sua principal fonte de recursos é o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).
Com informações do Banco do Nordeste – BNB
Fotos: BNB