No último final de semana, a Festa Literária das Periferias (FLIP) celebrou a cultura e a literatura feita por mulheres negras em um evento que reuniu autores renomados, artistas e ativistas. O encontro, que já faz parte do calendário cultural do país, teve como propósito dar visibilidade e valorizar a produção literária dessas mulheres, que muitas vezes são marginalizadas e excluídas no meio literário tradicional.
Durante os três dias de evento, foram realizadas mesas de debates, palestras, oficinas, apresentações artísticas e lançamentos de livros, todos voltados para a reflexão sobre o papel das mulheres negras na literatura e na sociedade como um todo. Diversos temas foram abordados, como racismo, machismo, feminismo negro, identidade, representatividade e resistência.
Um dos pontos altos da FLIP foi a presença de autoras consagradas, como Conceição Evaristo, que é considerada uma das vozes mais importantes da literatura afro-brasileira. Ela participou de uma mesa-redonda ao lado de outras escritoras, onde discutiram suas trajetórias, seus desafios e suas conquistas no meio literário.
Além disso, a programação contou com a presença de artistas negras que se destacam no cenário cultural brasileiro, como cantoras, compositoras, atrizes e poetas. Elas abrilhantaram o evento com apresentações que mesclaram música, poesia e teatro, mostrando toda a diversidade e riqueza da produção artística das mulheres negras.
A FLIP foi um marco na luta pela valorização e reconhecimento da cultura feita por mulheres negras no Brasil, trazendo à tona discussões importantes sobre representatividade, igualdade de gênero e diversidade. O evento reafirmou a importância de se ampliar e democratizar o acesso à literatura e à arte produzidas por essas mulheres, que têm muito a dizer e muito a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
Com informações da EBC
Fotos: / EBC