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Falta de Protocolo contra Violência de Gênero na Mídia Latino-Americana Preocupa Jornalistas e Atinge 75%

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A violência de gênero tem se mostrado um problema latente na mídia latino-americana, com a falta de protocolos eficazes para combatê-la e preveni-la. Uma pesquisa realizada em 14 países da América Latina e do Caribe, incluindo o Brasil, revelou que 75% dos jornalistas já conhecem casos de agressões ou foram vítimas delas. Apesar disso, a maioria dos veículos de comunicação (57%) não possui protocolos para lidar com essas situações, sejam elas de agressão física, moral ou assédio sexual.

O estudo, intitulado “Meios sem Violência: a urgência de políticas de abordagem e prevenção”, foi realizado pela Asociación Civil Comunicación para la Igualdad de Argentina, com o apoio da Federação de Jornalistas da América Latina e do Caribe (FEPALC) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Segundo os dados coletados, a forma mais comum de violência é o constrangimento psicológico e verbal, seguida pelo assédio sexual, assédio digital, maus-tratos, agressão física e violência econômica.

Os agressores foram identificados em dois perfis: os “offline”, que muitas vezes ocupam cargos de hierarquia nas empresas jornalísticas, e os “online”, como dirigentes governamentais, políticos e homens do meio jornalístico. Curiosamente, a maioria desses agressores não sofreu punição pelos seus atos. A pesquisa também revelou que quase metade das situações de violência ocorreram nas redações dos veículos de comunicação, sendo que 27% tiveram origem nas redes sociais ou por e-mail.

Diante dessas constatações, a Asociación Civil Comunicación para la Igualdad de Argentina propõe a criação de um modelo de protocolo para prevenção e combate à violência de gênero no ambiente jornalístico. Esse protocolo pode servir de referência para a implementação de ações que promovam a equidade de gênero e combatam a discriminação e a violência no trabalho jornalístico. É fundamental que os veículos de comunicação adotem medidas efetivas para evitar e coibir tais práticas, garantindo um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para todos os profissionais.

Com informações da EBC
Fotos: © Marcelo Camargo/Agência Brasil / EBC

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