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Estudo encomendado por sindicato alerta que valor da Sabesp está subestimado no mercado

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Um estudo recente encomendado por especialistas e pelo Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema) apontou que o valor das ações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que está em processo de privatização, está subestimado. De acordo com os resultados parciais divulgados nesta quinta-feira, o preço atual das ações da Sabesp, que gira em torno de R$ 74, deveria ser de aproximadamente R$ 100.

A pesquisa revelou que o custo estimado para a universalização do saneamento básico no estado é exagerado e que a Sabesp deverá gastar entre 30% e 40% a menos do que a projeção inicial do governo estadual. A exigência de universalização do saneamento até 2029 é uma das cláusulas dos contratos de privatização.

O economista Hugo Sérgio de Oliveira, ex-presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) e da Associação de Profissionais Universitários da Sabesp (APU), explicou que cerca de 30% a 40% das ligações de água e esgoto previstas estão superdimensionadas, resultando em um menor custo para a empresa. Com esses custos menores, o fluxo de caixa futuro da Sabesp tende a ser mais vantajoso, o que justificaria o aumento no valor das ações.

Segundo Oliveira, houve uma redução significativa nos investimentos necessários para alcançar a universalização do saneamento, passando de R$ 60 bilhões para R$ 45 bilhões. Isso indica que o plano de privatização do governo está subestimando o real valor da empresa.

O estudo será encaminhado nos próximos dias ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para questionar a privatização da Sabesp. Enquanto isso, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo assegurou que o processo de privatização foi elaborado em colaboração com investidores nacionais e estrangeiros, e que o Plano de Investimentos foi amplamente discutido com a sociedade em audiências públicas.

A pasta ressaltou que os investimentos previstos são essenciais para garantir a universalização do saneamento nos municípios atendidos pela Sabesp até 2029, incluindo áreas rurais e núcleos urbanos informais. Além disso, os contratos de concessão estabelecem metas de qualidade e universalização que devem ser cumpridas pela empresa. A Sabesp terá a liberdade de adotar tecnologias mais eficientes para atingir essas metas, desde que cumpra com as obrigações estabelecidas.

Com informações da EBC
Fotos: © Ralph/Pixabay / EBC

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