Um estudo recente apontou que a mortalidade por câncer é maior entre crianças indígenas do que entre crianças não indígenas no Brasil. Isso revela a existência de desigualdades no acesso aos serviços de saúde e na qualidade do atendimento oferecido a essas populações.
De acordo com a pesquisa, as crianças indígenas apresentam uma probabilidade 53% maior de morrer por câncer do que as crianças não indígenas. Isso se deve, em grande parte, às dificuldades de acesso aos serviços de saúde e ao diagnóstico precoce da doença. Muitas comunidades indígenas estão localizadas em áreas remotas e de difícil acesso, o que dificulta o deslocamento até os centros de saúde e hospitais especializados.
Além disso, há uma falta de profissionais de saúde qualificados para atender às necessidades específicas das comunidades indígenas. Muitas vezes, os serviços de saúde disponíveis nas aldeias não estão preparados para lidar com casos complexos de câncer, o que acaba impactando diretamente na mortalidade dessas crianças.
Outro fator que contribui para a maior mortalidade por câncer entre as crianças indígenas é a falta de políticas públicas direcionadas a essa população. As comunidades indígenas muitas vezes são deixadas de lado quando se trata de investimentos em saúde e em ações preventivas de combate ao câncer.
Diante desse cenário, é fundamental que o poder público e a sociedade como um todo se mobilizem para garantir o acesso igualitário aos serviços de saúde para todas as crianças, independentemente de sua etnia ou origem. É preciso investir em infraestrutura, capacitação de profissionais de saúde e políticas de saúde específicas para as comunidades indígenas, a fim de reduzir as desigualdades existentes e melhorar a qualidade de vida dessas crianças.
Com informações da EBC
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