A privatização da Sabesp, a maior empresa de saneamento do país, recebeu apenas uma proposta de investimento. A empresa interessada é a Equatorial Participações e Investimentos, que propôs investir cerca de R$ 6,9 bilhões por 15% das ações da companhia. Apesar do preço proposto por ação ser de R$ 67, abaixo do valor atual de mercado da Sabesp (aproximadamente R$ 75), o governo estadual ainda não tornou público qual seria o preço mínimo estipulado nos contratos de privatização.
O processo de privatização da Sabesp, iniciado no ano passado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, visa melhorar a gestão, a governança e o saneamento básico do estado. Apenas uma única empresa interessada em se tornar o investidor de referência foi considerada “dentro do esperado” pela secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do estado, Natália Resende.
As condições estabelecidas para o investidor de referência incluem um acordo de investimentos que prevê a composição do Conselho de Administração da Sabesp, a proibição de venda das ações até dezembro de 2029 e a prioridade para a Sabesp participar de projetos em municípios paulistas com mais de 50 mil habitantes. Além disso, o investidor de referência não poderá participar de outros projetos concorrentes que envolvam a Sabesp.
Segundo Tarcísio de Freitas, o preço proposto pela Equatorial não deve ser avaliado apenas com base no valor atual das ações da Sabesp, mas sim levando em consideração a trajetória dos preços nos últimos meses. Em maio de 2023, por exemplo, o valor da ação era de aproximadamente R$ 50, o que demonstra uma valorização ao longo do tempo.
Com a proposta apresentada pela Equatorial, o governo de São Paulo busca fortalecer a gestão e melhorar os serviços de saneamento básico no estado, visando universalizar o acesso à água e esgoto para toda a população até 2029. A escolha do investidor de referência e os desdobramentos do processo de privatização serão fundamentais para o futuro da Sabesp e do saneamento em São Paulo.
Com informações da EBC
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