A bioeconomia vem se consolidando como um modelo de desenvolvimento promissor, que busca gerar produtos e serviços aliados à conservação e regeneração da biodiversidade. Este modelo econômico, que promove um desenvolvimento social, econômico e ambiental, tem ganhado espaço nos debates atuais sobre soluções sustentáveis.
Na região da Amazônia, empresas têm apostado na bioeconomia como uma oportunidade de negócio, buscando solucionar desafios locais e aproveitar os recursos naturais de forma sustentável. Um exemplo disso é a iniciativa da empresária Ingrid Teles, que, ao se deparar com o grande volume de sementes de açaí descartadas diariamente na produção da polpa, decidiu criar uma empresa de cosméticos em 2022. A partir do aproveitamento dessas sementes, foi possível desenvolver sabonetes de açaí, seguindo uma estrutura de bioeconomia circular.
O caso do açaí no Pará mostra como um produto tradicional da região pode ser utilizado como base para empreendimentos inovadores. Além do açaí, o cacau também é uma matéria-prima abundante na região e tem sido explorado por empresas que buscam promover a saúde e bem-estar, como é o caso de uma empresa liderada por mulheres que beneficia o cacau para diferentes produtos.
Esses empreendimentos exemplificam o potencial da bioeconomia na região amazônica, que, historicamente, já utiliza práticas de uso sustentável dos recursos naturais. Com apoio de iniciativas governamentais, como a Estratégia Nacional de Bioeconomia e propostas internacionais, como o G20, a bioeconomia na Amazônia tem sido fortalecida e promovida entre os micro e pequenos empreendedores.
A perspectiva é que, até a 30ª Conferência do Clima da ONU, em 2025, a bioeconomia na região esteja fortalecida, promovendo um desenvolvimento social, econômico e ambiental sustentável. O objetivo é mostrar ao mundo a potência da floresta amazônica como um recurso valioso, mantendo a preservação das florestas como prioridade. A bioeconomia surge como um modelo promissor para alcançar esse equilíbrio e valorizar os recursos naturais da região de maneira sustentável.
Com informações da EBC
Fotos: © Crédito: Divulgação IICA / EBC
